domingo, 13 de janeiro de 2008

ALGUMAS REFLEXÕES...

Algumas Reflexões


Tenho pensado nesses dias algumas coisas a respeito da vida...
Pois é! Às vezes eu consigo fazer isso...
Mas vamos lá! E acho que posso compartilhar com vocês...
Todos já devem ter percebido uma característica marcante do meu perfil
- o fato de eu ser cristão espírita praticante.E por conta disso venho
me questionando muito de algumas atitudes minhas, principalmente
sobre a minha vida de relação.Uma delas diz respeito ao comportamento
e as atitudes de um cristão espírita frente às questões da vida.

A minha primeira observação diz respeito à Casa Espírita como único
local possível da prática espírita.Tenho sido tentado a achar que é
muito complicado a prática espírita dentro da Casa Espírita.
Calma, amigos! O que estou colocando é que neste local também existem
as mesmas dificuldades comuns aos outros ambientes que freqüentamos.
Senão vejamos.Fora dos muros da Casa Espírita, encontramos amigos,
inimigos, facilidades, dificuldades, acertos, erros e
oportunidades.E isso é o esperado, afinal, estamos encarnando para o
aprendizado e a melhora de nossa condição evolutiva.O que estou
dizendo é que assim como na nossa casa, no nosso trabalho e com os
nossos amigos, temos também na Casa Espírita que freqüentamos/
trabalhando, as nossas mesmas dificuldades.Ou será que achamos que é
só porque entramos algumas vezes por semana na Casa Espírita, deixamos
os nossos conflitos do lado de fora e nos transformamos em seres
angelicais? Acho que ninguém pensa isso, né? Acredito que, quando
assumimos as nossas dificuldades e conflitos - até na Casa Espírita,
estamos começando a trilhar o caminho da superação e da transformação
interna...

A outra questão é tentarmos e experimentarmos a prática espírita fora
dos muros da Casa Espírita. Fiquem calmos! Não estou propondo que nos
transformemos em figuras messiânicas do Apocalipse. Mesmo porque
sabemos que a Doutrina não pede isso. Estou falando de atitude! Até
que ponto somos realmente espíritas e incorporamos no nosso
cotidiano, a benevolência, a indulgência e o perdão.Ou será que
ainda não conseguimos tirar essas expressões do discurso e colocá-las
na nossa prática? E olha que falar disso dentro da Casa Espírita não
tem nenhuma vantagem, já que lá todo mundo fala...e só fala!!!!
Sé é só isso que fazemos, nós não passamos ainda da condição de
espíritas burocratas. Temos a teoria, alguma leitura acumulada,
vamos semanalmente à Casa Espírita e achamos que estamos abafando!
Ser espírita (burocrata) dentro da Casa Espírita parece ser muito
fácil...
Será que praticar o Espiritismo fora dos muros da Casa Espírita - na
nossa casa, no nosso trabalho, entre os nossos vizinhos e amigos, na
rua, no clube, no shopping, na praia, no futebol, etc, é tão
difícil? Vejam que eu estou falando de prática e não de discurso...

Mais um ponto a pensar: Nós que nos dizemos espíritas nos conhecemos?
Somos irmãos de fato ou nos freqüentamos apenas na Casa Espírita? No
meu caso, venho experimentando uma aproximação muito prazerosa com os
meus amigos espíritas e posso dizer que é muito legal a troca e o
conhecimento entre companheiros de obra. Começamos marcando reuniões
de estudo e encontros doutrinários e hoje fazemos festas e encontros
pelo simples prazer de nos encontrarmos.E assim vamos nos reconhecendo
em nossas atitudes fora da Casa Espírita e aprendemos a nos
respeitar, cada um com sua limitação e com sua diferença, mas
compartilhando a Doutrina que abraçamos!

Por último, mas não menos importante trago uma preocupação bem
curiosa: Em que medida somos espíritas?Será pelas
atividades que exercemos entre os grupos?
Será que podemos nos
considerar numa condição privilegiada, só porque estamos em muitas
frentes de trabalho dentro dos grupos?
Mas e a nossa vida fora da
Casa Espírita?
E a nossa família?
E mesmo o nosso trabalho?
Será que é só na Casa Espírita que conseguimos ser espíritas?
Qual é o tempo que temos
para refletir sobre a nossa vida e verificarmos se estamos de fato
praticando a nossa melhora, a nossa recuperação, a nossa
transformação moral? Qual é o momento que nós nos avaliaremos e
reconheceremos os nossos acertos, os nossos erros, as nossas
superações, os nossos pontos fracos, e, nos reconhecendo, nos
corrigirmos e melhorarmos até nos modificarmos e atingirmos a nossa
meta prevista em nosso plano reencarnatório?


Foi só isso pessoal...

marcoafrezende@hotmail.com

Nenhum comentário: