terça-feira, 12 de março de 2013

SÉRIE PRA PENSAR....

Sobre a fatalidade, o livre arbítrio, o acerto e o erro.
É muito interessante refletir sobre as questões colocadas para nós como sendo fatalidades da vida. Se entendermos como a linguagem comum se nos apresenta somos capazes de achar que tudo está escrito e que não há nada a se fazer para mudar o curso das coisas. É acreditar que todos nós já nascemos e, portanto encarnamos com o nosso destino todo traçado e que não cabem possibilidades de mudança. Para exemplificar melhor, podemos observar a Questão 851 do Livro dos Espíritos e a sua resposta: QUESTÃO 851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio? “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.” É como se nós entrássemos num trem sem estações e tivéssemos que chegar ao final da viagem sem nenhuma possibilidade de soltar antes do final. Se assim fosse, como se daria o caminho da transformação e da melhora. Se só existisse um único caminho como explicar a nossa capacidade de escolha e o nosso livre arbítrio? Se é verdade que vivemos muito mais influenciados que imaginamos – e é , também o é que nascemos e renascemos espíritos livres e capazes de mudar e escolher o que julgamos o melhor porá a nossa vida , a cada tempo , em cada situação que experimentamos . Entretanto, precisamos incorporar no nosso dia a dia que a reencarnação é antes de tudo, oportunidade de acertar, consertar e modificar e que, se estamos experimentando situações que podem nos parecer adversas, estamos antes de tudo executando um conjunto de situações que nós escolhemos para a nossa experiência encarnatória. Devemos lembrar que tudo faz parte de um plano encarnatório previamente escolhido por nós e orientado pelos nossos Amigos do Alto que se comprazem com o nosso acerto, mas que não interferem nas nossas escolhas. Nunca é demais lembrar que o nosso hoje é constituído das nossas experiências equivocadas do nosso ontem. Simples assim. É uma necessidade natural e não tem nada a ver com castigo ou punição. É acerto de contas da nossa consciência conosco e só dependerá das nossas ações a superação das nossas dificuldades. Outra questão que precisamos observar diz respeito a Misericórdia Divina na atenuação das nossas falhas ou na superação das nossas dificuldades . É claro que o Pai é misericordioso e protetor. Mas precisamos compreender que Ele o é com todos nós, o tempo todo, em todas as horas e em todas as situações. Ou seja, Ele, por ser justo e cuidadoso não privilegia nenhum dos seus filhos. Ele assiste e cuida de todos igualmente e sempre nos aceita de braços abertos pelo simples motivo de sermos os seus filhos queridos. Desta forma, está em nós, pelo nosso esforço, conquistar méritos para a superação das nossas dificuldades. E Ele vibrará muito com o nosso esforço e a nossa dedicação. E é com esse esforço - produto exclusivo do conjunto das nossas ações, das nossas escolhas, dos nossos acertos e erros, que poderemos caminhar pelo nosso destino, modificando-o conforme o nosso entendimento e o nosso compromisso com as coisas que nos cercam. E assim, frequentemente somos chamados pela nossa consciência a refletir sobre as nossas atitudes e eventualmente podemos modificar o nosso comportamento. Ao final, percebemos que só o nosso esforço voltado para o bem comum, continuado e desinteressado poderá nos levar a experimentar mudanças nas nossas provas e nas dificuldades que escolhemos superar até o alcance de mais uma escala na linha do nosso progresso. Só assim, estaremos credenciados à observação dos nossos Amigos Espirituais, que poderão intervir junto a Misericórdia Divina, no alivio, na diminuição ou até na remoção de situações que seriam necessárias ao nosso progresso e são modificadas e até substituídas pelo reconhecimento do nosso progresso... Pensemos um pouco nisso.... .

domingo, 10 de março de 2013

SOBRE O CONCEITO DE ESPÍRITA...

QUERIDOS AMIGOS: SERIEDADE É FUNDAMENTAL ...PRECISAMOS CONHECER PARA ENTENDER ... NÓS ESPÍRITAS TEMOS A OBRIGAÇÃO DE ESTUDAR TODA A OBRA DA CODIFICAÇÃO PARA CONHECER .NÃO EXISTE NEMHUM FUNDAMENTO EM DIZER QUE O TRABALHO DE KARDEC ESTÁ ULTRAPASSADO . QUEM FALA ASSIM PRECISA CONHECER TODO O ESFORÇO DA ESPIRITUALIDADE E DE KARDEC NO TRABALHO DA CODIFICAÇÃO .É NECESSÁRIOS QUE VALORIZEMOS TODA A OBRA E A ESTUDEMOS SERIAMENTE . NÓS SOMOS ESPIRITAS , QUE RESPEITAMOS TODOS AS FORMAS DE SE CHEGAR AO DIVINO , MAS PRECISAMOS CONHECER ,RECONHECER E FUNDAMENTAR A NOSSA AÇÃO COM O ESTUDO SÉRIO A APROFUNDADO DESSES ESPÍRITOS QUE NOS ANTECEDERAM NA GÊNESE DA CODIFICAÇÃO.... É IMPORTANTE SAIR DA SUPERFICIALIDADE E MERGULHAR FUNDO NA BUSCA DO CAMINHO DA NOSSA EVOLUÇÃO , MAS PARA ISSO TEM QUE CONHECER... TRAGO O ARTIGO DE DEOLINDO AMORIM SOBRE O TEMA: CONCEITO DE ESPÍRITA Espírita, para falar com a necessária precisão, é quem aceita a doutrina integralmente, quem concorda com os seus princípios, quem se submete às normas morais que decorrem desses princípios. Há muitas pessoas que são médiuns, colaboram em sessões mediúnicas, apreciam as comunicações do além, mas ainda não estudaram a doutrina ou, se já fi zeram estudos, não concordam com a reencarnação e outros pontos básicos do Espiritismo. São espíritas? Doutrinariamente, não! O vulgo, no entanto, chama de espírita, indistintamente, a qualquer pessoa que se declare crente na influência dos espíritos, ou seja, médium. Por mera comodidade mental ou pela lei do menor esforço, é mais fácil generalizar do que entrar em pormenores doutrinários pouco interessantes para as pessoas que se não dedicam a esses assuntos. Diz-se comumente que é espírita quem se interessa pelos fenômenos do “outro mundo” ou pelas “coisas do astral”. É engano. O Espiritismo desaprova certos tipos de sessão mediúnica, notadamente quando destituídas de preocupação elevada, assim como exorcismos e outras práticas impróprias. O uso de incenso, velas, objetos mágicos, por exemplo, é observado frequentemente em diversas sessões, não de caráter espírita. A doutrina também repele as sessões espíritas espetaculares. O ambiente de uma sessão espírita não é um “santuário” nem velório, mas é um lugar de respeito e dignidade, condição imperiosa para se evitar a curiosidade. Não nos referimos à curiosidade intelectual ou científica, mas à curiosidade banal, sem qualquer ernoção de seriedade. Já se vê que NEM TODA SESSÃO MEDIÚNICA DEVE SER CHAMADA DE “SESSÃO ESPÍRITA”, ainda que haja fenômenos impressionantes. Onde não há moralidade, onde não há sentimento de caridade, onde se exige ou aceita pagamento de “trabalhos espirituais ”,onde se usa o sacrifício de animais em função de ritos exóticos, seja qual for o pretexto de tais práticas, aí não há Espiritismo! Se, ainda hoje, fossem observadas, de um modo geral, as cautelas de Allan Kardec, cujo zelo, a propósito de sessões mediúnicas, chegava à intransigência, naturalmente não haveria a preocupação de encher a casa, e já teríamos chegado àquele plano de adiantamento que, para o Codificador, seria o ideal do Espiritismo: A QUALIDADE ACIMA DA QUANTIDADE. Dolorosamente, em grande parte das sessões públicas, o que se verifica é a inversão dos termos: a quantidade, antes de tudo, porque é necessário fazer número, enquanto a qualidade é problema secundário. Não é isto o que ensina a doutrina. Lembremos, nesta oportunidade, que no Estatuto da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec, no dia 1º. de abril de 1858 e por ele próprio dirigida nos primeiros anos, há exigências que, para os dias atuais, poderiam parecer superadas ou demasiadamente rigorosas. Entendemos de nossa parte, que a mesma orientação deveria perdurar sempre nas Sociedades Espíritas. Veja-se o artigo 3º.: A Sociedade não admitirá senão as pessoas que simpatizarem com os seus princípios e com o objetivo de seus trabalhos, as que já se achem iniciadas nos princípios fundamentais da ciência espírita, ou que estejam seriamente animadas do desejo de nesta se instruírem. O movimento espírita, nessa época, ainda estava na fase de propaganda inicial, e Allan Kardec bem poderia, não fora o seu senso de responsabilidade, abrir as portas da Sociedade para quantos quisessem ver as sessões espíritas. Não o fez, porque era necessário evitar a vulgaridade, o espetáculo, a exploração. Seria uma propaganda de efeito negativo. Eram proibidas, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, quaisquer perguntas aos espíritos, desde que tais perguntas não tivessem interesse para os estudos sérios. É o que diz o art. 18: São especialmente interditas todas as perguntas fúteis, de interesse pessoal, de pura curiosidade, ou que tenham o objetivo de submeter os Espíritos a provas, assim como todas as que não tenham um fim útil geral, do ponto de vista de estudos. Ainda mais: Nenhuma comunicação espírita obtida fora da Sociedade (art.20) pode ser lida, antes de submetida, seja ao Presidente, seja à Comissão, que podem admitir ou recusar a leitura. Leia-se o Estatuto da Sociedade, na parte final de O Livro dos Médiuns. O Espiritismo é muito diferente do que se pensa. Uma sessão espírita é uma escola de esclarecimento e de moral, mas é indispensável que haja conhecimento e noção de responsabilidade. (...) Referência AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as doutrinas espiritualistas. 3.ed. Rio de Janeiro: Centro Espírita Léon Denis Editora, 1988. Cap. IV, “Conceito de Espírita” (parte). PENSEMOS NISSO....