domingo, 27 de julho de 2008

SOBRE O DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL...

O SONHO É O AQUÁRIO DA NOITE

Todos as noites de nossa vida em que conseguimos dormir, realizamos o que o espiritismo chama de desdobramento, ou seja, nosso espírito se liberta do corpo físico, que descansa, e nessa libertação "retorna" ao seu habitat natural. Esse desdobramento também acontece em outras situações como hipnose, meditação, traumas violentos, anestesia... mas nosso foco hoje é o desdobramento induzido pelo sono.
O que faz o espírito nesses momentos?
No livro dos espíritos, codificado por Allan Kardec, vemos no capítulo VIII, na parte que fala sobre a emancipação da alma essas duas questões :

O sono e os sonhos
400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?

“É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.”

401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. ”

Aliada a essas informações trazidas por Kardec, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, são ricos em dados sobre o desdobramento. Durante esses momentos do sono obtemos o que procuramos durante o dia, ou seja, podemos aproveitar nossas noites em companhia dos mentores e amigos espirituais, assim como podemos nos transportar para regiões infelizes do astral inferior, onde nos localizamos por afinidade energética. Em uma ou outra ocasião colhemos os frutos de nossas ações, obtendo nessas regiões de ventura ou de sofrimento, o que procuramos.
Uma analise mais séria, nos indica que se tivessemos o hábito de treinar o desdobramento viveríamos de forma muito mais tranquila.
Uma oração antes de dormir, com um pedido sincero de proteção, nos livraria de muitas dificuldades que nos mesmos criamos. A questão é que como pedirmos uma coisa a noite enquanto fazemos o oposto o dia inteiro ?
A nossa saída do corpo durante a noite pode ser direcionada pela ação da nossa vontade sincera, dessa forma podemos participar de aulas, cursos, tratamentos espirituais, aproveitando também nossas noites para nosso desenvolvimento espiritual.
É o nosso livre arbítrio operando novamente. Basta escolhermos o caminho mais curto.

Abaixo segue trecho do grade escritor Victor Hugo, retirado do livro, os trabalhadores do mar, onde ele fala sobre o desdobramento de forma maravilhosamente poética :
...O sono está em contato com o possível, que também chamamos o inverossímel. O mundo noturno é um mundo. A noite é um universo. O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas de altura, chega a noite fatigado, cai de fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o desconhecido. As coisas sombrias do mundo ignorado tornam-se vizinhas do homem ou porque haja verdadeira comunicação, ou porque as distâncias do abismo tenham crescimento visionário; parece que as criaturas invisíveis do espaço vem contemplar-nos curiosas a respeito da criatura da terra; uma criação fantasma sobe ou desce para nós, no meio de um crepúsculo; ante a nossa contemplação espectral, a vida que não é a nossa agrega-se e dissolve-se, composta de nós mesmos e de um elemento estranho; e aquele que dorme, nem completo vidente, nem completo inconsciente, entrevê as animalidades estranhas, as vegetações extraordinárias, as cores lívidas... todo esse mistério a que chamamos sonho e que não é mais do que a aproximação de uma realidade invisível. O sonho é o aquário da noite.

Postado por Sérgio Vencio , do BLoG Medicina e Espiritualidade

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SOBRE ÉTICA E JUSTIÇA...

Maio de 2002 : O ovo da serpente estava chocando...

P.S
Recebi de um irmão e achei oportuno compartilhar....


Em 8 de maio de 2002, quando Gilmar Mendes estava para ser nomeado por FHC
para o STF, o jurista e professor Dalmo de Abreu Dallari foi profético, em
artigo escrito na Folha de São Paulo:


SUBSTITUIÇÃO NO STF:Degradação do Judiciário

Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.
Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido
afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de
Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o
presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas,
encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal
Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder
Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos
Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.
Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal,tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente - pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.
É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha inadequada.
É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou- se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo.Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União,aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalida de,duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.
Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".
Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no "Informe", veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região(edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo,significativamente intitulado "Manicômio Judiciário" e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que "não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo".
E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar
Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de
conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na "indústria de liminares".
A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista "Época" (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na "reputação ilibada", exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo,com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado,prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou "ação entre amigos". É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.

sábado, 19 de julho de 2008

SOBRE O BAMBU CHINÊS...

Sobre o Bambu Chinês...

O bambu chinês (bambusa mitis) é uma planta da família das gramíneas, nativa do Oriente.

Destacamos aqui uma particularidade muito interessante, relativa ao seu crescimento.

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo.

Durante 5 anos, todo crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu.

O que ninguém vê, é que uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo cuidadosamente construída.

Então, lá pelo final do quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir a altura surpreendente de 25 metros.



Quantas coisas em nossa vida são similares ao bambu chinês...

Trabalhamos, investimos tempo, esforço, dedicação, e às vezes não vemos resultado algum por semanas, meses ou anos.

Quem sabe, se lembrarmos desta lição que a natureza nos dá, através do bambu chinês, teremos a paciência necessária para esperar o tal
quinto ano.

Assim não deixaremos de persistir, de lutar, de investir em nós mesmos, sabendo que os frutos virão com o tempo.

Muitos ainda somos imediatistas, desejando o retorno fácil, a conquista instantânea.

Esquecemos que todas as grandes e valorosas conquistas da alma demandam tempo, exigem esforço de muitos e muitos anos, e às vezes de muitas vidas.

Este hábito de não desistir de nossos objetivos, de continuar tentando, de não se abalar perante os inevitáveis obstáculos, constitui uma virtude.

Continuar, persistir, manter constância e firmeza, fazem parte da importantíssima virtude da perseverança.

A perseverança é o combustível dos vencedores.

Mas não dos vencedores mundanos, de vitórias superficiais e transitórias.

Mas daqueles que vencem a si mesmos, que vencem dificuldades no anonimato.


Thomas Edison, homem perseverante, afirmou que nossa maior fraqueza está em desistir, e que o caminho mais certo para vencer é tentar mais uma vez.

E quantas centenas de vezes ele tentou fabricar sua lâmpada, sem sucesso... E o mais interessante é que as muitas tentativas frustradas lhe davam mais forças ainda.

Eu não falhei. – dizia ele. Encontrei 10 mil soluções que não davam certo.

Em outro momento afirmou que os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são: primeiro, trabalho árduo; segundo, perseverança; terceiro: senso comum.


Aprendamos com esses expoentes que muito conseguiram, não vislumbrando apenas os louros da glória, ou apenas admirando contemplativamente.

Respeitemo-los por suas aquisições valorosas, e enxerguemos o caminho todo que trilharam até conseguir seu sucesso.


* * *


Não asseveres: É-me impossível fazer!

Não redargas: Não consigo!

Nunca informes: Sei que é totalmente inútil aceitar.

Nem retruques: É maior do que as minhas forças.


Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizada, já que o possível se pode realizar imediatamente.



FONTE: Redação do Momento Espírita com base no cap. 39, do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

domingo, 13 de julho de 2008

SOBRE A MISSÃO DE KARDEC....

Minha missão

12 de junho de 1856 – (Em casa do Sr. C...; médium: Srta. Aline C...)

Pergunta (à Verdade) – Bom Espírito, eu desejara saber o que pensas da missão que alguns Espíritos me assinaram. Dize-me, peço-te, se é uma prova para o meu amor-próprio. Tenho, como sabes, o maior desejo de contribuir para a propagação da verdade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário em chefe, a distância é grande e não percebo o que possa justificar em mim graça tal, de preferência a tantos outros que possuem talento e qualidades de que não disponho.

Resposta
– Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem. Nunca, pois, fales da tua missão; seria a maneira de a fazeres malograr-se. Ela somente pode justificar-se pela obra realizada e tu ainda nada fizeste. Se a cumprires, os homens saberão reconhecê-lo, cedo ou tarde, visto que pelos frutos é que se verifica a qualidade da árvore.

P. – Nenhum desejo tenho certamente de me vangloriar de uma missão na qual dificilmente creio. Se estou destinado a servir de instrumento aos desígnios da Providência, que ela disponha de mim. Nesse caso, reclamo a tua assistência e a dos bons Espíritos, no sentido de me ajudarem e ampararem na minha tarefa.

R.
– A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens o teu livre-arbítrio, do qual podes usar como o entenderes. Nenhum homem é constrangido a fazer coisa alguma.

P. – Que causas poderiam determinar o meu malogro? Seria a insuficiência das minhas capacidades?

R. – Não; mas, a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro. Não suponhas que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficares tranqüilamente em casa. Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois, sem isso, viverias muito mais tempo. Ora bem! não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que Ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmem Também são de necessidade prudência e tato, a fim de conduzir as coisas de modo conveniente e não lhes comprometer o êxito com palavras ou medidas intempestivas. Exigem-se, por fim, devotamente, abnegação e disposição a todos os sacrifícios.

Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti. Espírito Verdade

Eu – Espírito Verdade, agradeço os teus sábios conselhos. Aceito tudo, sem restrição e sem idéia preconcebida.

Senhor! pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida; dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa-vontade não desfalecerá, as forças, porém, talvez me traiam. Supre à minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxílio e dos teus celestes mensageiros, tudo envidarei para corresponder aos teus desígnios.
NOTA – Escrevo esta nota a 1º de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que me foi dada a comunicação acima e atesto que ela se realizou em todos os pontos, pois experimentei todas as vicissitudes que me foram preditas. em luta com o ódio de inimigos encarniçados, com a injúria, a calúnia, a inveja e o ciúme; libelos infames se publicaram contra mim; as minhas melhores instruções foram falseadas; traíram-me aqueles em quem eu mais confiança depositava, pagaram-me com a ingratidão aqueles a quem prestei serviços. A Sociedade de Paris se constituiu foco de contínuas intrigas urdidas contra mim por aqueles mesmos que se declaravam a meu favor e que, de boa fisionomia na minha presença, pelas costas me golpeavam. Disseram que os que se me conservavam fiéis estavam à minha soldada o que eu lhes pagava com o dinheiro que ganhava do Espiritismo. Nunca mais me foi dado saber o que é o repouso; mais de uma vez sucumbi ao excesso de trabalho, tive abalada a saúde e comprometida a existência.
Graças, porém, à proteção e assistência dos bons Espíritos que incessantemente me deram manifestas provas de solicitude, tenho a ventura de reconhecer que nunca senti o menor desfalecimento ou desânimo e que prossegui, sempre com o mesmo ardor, no desempenho da minha tarefa, sem me preocupar com a maldade de que era objeto. Segundo a comunicação do Espírito de Verdade, eu tinha de contar com tudo isso o tudo se verificou.

Mas, também, a par dessas vicissitudes, que de satisfações experimentei, vendo a obra crescer de maneira tão prodigiosa! Com que compensações deliciosas foram pagas as minhas tribulações! Que de bênçãos e de provas de real simpatia recebi da parte de muitos aflitos a quem a Doutrina consolou! Este resultado não mo anunciou o Espírito de Verdade que, sem dúvida intencionalmente, apenas me mostrara as dificuldades do caminho. Qual não seria, pois, a minha ingratidão, se me queixasse! Se dissesse que há uma compensação entre o bem e o mal, não estaria com a verdade, porquanto o bem, refiro-me às satisfações morais, sobrelevaram de muito o mal. Quando me sobrevinha uma decepção, uma contrariedade qualquer, eu me elevava pelo pensamento acima da Humanidade e me colocava antecipadamente na região dos Espíritos e desse ponto culminante, donde divisava o da minha chegada, as misérias da vida deslizavam por sobre mim sem me atingirem. Tão habitual se me tornara esse modo de proceder, que os gritos dos maus jamais me perturbaram.
(Obras Póstumas – 2ª Parte – Pág. 281)

PARA PENSAR...

CURAS ESPIRITUAIS

P.S. Este é um arigo retirado de um outro blog , mas muito interessante . Traz uma experiencia acerca de um tema muito mais comum que a nossa fé pode alcançar e entender . Podemos perceber muita semelhança com muitas situaçõe que já vivemos . Mas , vamos ler e pensar...

É quase um ritual. Todos os anos vamos à festa de anos das filhas de um amigo nosso. Convívio sadio e agradável, faz com que repitamos tal hábito com muita alegria, aproveitando aqueles momentos para dar azo a conversas mais abertas e quase sem rumo, ao sabor do tempo. Desta vez, acabámos por falar em Espiritismo e em curas espirituais, vindo um testemunho de onde menos esperávamos.
Sabendo a nossa condição de espírita, um dos presentes na referida festa de anos acabou por rematar: «Eu tenho muito respeito por “essas coisas”, pois tive um caso na minha família que me fez pensar…».Ficámos curiosos e lá seguimos a história daquela pessoa…Há uns anos atrás uma familiar da nossa interlocutora, tendo um problema de pele que teimava em não desaparecer, mesmo com tratamentos médicos, ouviu falar que nos centros espíritas, por vezes os espíritos curavam, quando podiam, e que algumas pessoas levavam garrafas de água que eram magnetizadas pelos espíritos, e que posteriormente as pessoas bebendo dessa água, ficariam curadas das suas maleitas.Nesse sentido, a mãe dessa pessoa resolveu apelar para o auxílio espiritual, pois nada tinha a perder. Além disso, era gratuito, portanto não custava tentar. Levou uma garrafa de água com o seu nome, e no fim da reunião de esclarecimento espírita, trouxe-a para casa, colocando todos os dias um pouco de água (”tratada” pelos espíritos) sobre a pele que teimava em não se curar da sua mazela. Passadas duas semanas, o problema de pele acabou por se resolver, ficando a pessoa convencida da intervenção do mundo espiritual sobre aquela água, mesmo sem perceber muito bem como isso se teria passado.


O observador menos atento certamente dirá que a pessoa em pauta foi vítima do efeito de placebo, isto é, acreditando no hipotético tratamento dos espíritos, a sua mente teria gerado mecanismos de auto-cura, sendo esta apenas do foro psicológico.Há uns anos atrás, assistindo a um seminário do mundialmente conhecido Divaldo Pereira Franco (espírita, conferencista, médium, Doutor Honoris Causa por várias universidades e um cidadão do mundo respeitado pela sua obra em prol da paz, a nível mundial), num dos intervalos ele dizia-me que uma entidade espiritual lhe dizia para que eu lhe levasse uma garrafa de água para magnetizar em meu benefício, na sequência de algum problema físico que eu tinha. Timidamente, fui comprar duas garrafas de água ao bar ali ao lado, entregando-lhe. Passado algum tempo, ele devolveu-mas, esclarecendo que quando a água estivesse a meio da garrafa, deveria encher a mesma com água do mesmo teor, devendo beber todos os dias um pouco dessa água. Qual não foi o meu espanto, quando ao beber a referida água, à noite, verifiquei que a mesma cheirava e sabia a rosas, fruto de um fenómeno de efeitos físicos protagonizado por esse médium e espírita. De realçar que o cheio e sabor a rosas se manteve durante cerca de 4 meses, apesar da garrafa estar a ser sempre atestada com nova água.A água, tratada pelos espíritos, sofre uma alteração na sua estrutura molecular, facto este comprovado em laboratório.
Mais tarde, estudando sobre o assunto, em várias pesquisas efectuadas, num artigo do Engº Hernâni Guimarães Andrade sobre «Água Fluida», este referiu que um cientista, o Dr. Edward Brame, teria constatado que a água magnetizada por curadores psíquicos, registava uma alteração na sua estrutura molecular que se mantinha cerca de 4 meses. Não podia deixar de ficar estupefacto, pois tais experiências em laboratório estavam em perfeita sintonia com uma vivência por mim experimentada.Bernard Grad, bioquímico canadiano, fez igualmente experiências com curadores psíquicos, demonstrando em laboratório que a acção do magnetismo humano interfere na estrutura molecular da água, alterando a sua tensão superficial e os ângulos das pontes de hidrogénio da molécula da água.Perante tais provas científicas, o efeito placebo perde todo o seu poder já que perante factos em laboratório, repetíveis, não há argumentos baseados em crenças pessoais.Quando lhes é permitido superiormente, os amigos espirituais podem interferir beneficamente na nossa vida, agindo no nosso corpo espiritual (perispírito) que assim modificado vai provocar uma alteração no nosso corpo físico.No final daquela festa de anos, ficámos a pensar na singeleza dos ensinamentos dos bons Espíritos, que de maneira despretensiosa nos trazem no nosso quotidiano, inúmeras provas das suas actividades junto de nós, alertando-nos para a imortalidade do Espírito, para que assim passemos também a ponderar sobre o assunto, melhorando-nos interiormente e melhorando também a sociedade, fazendo aquilo que Jesus de Nazaré preconizou há cerca de 2 mil anos: fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fizessem.

José Lucas
Bibliografia:
- Gerber, Richard – Medicina Vibracional- Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos- www.adeportugal.org- www.caldasrainha.net/lucas
http://www.jornaldascaldas.com

domingo, 6 de julho de 2008

"SÓ HOJE"...

DA CERTEZA DO AMOR DE DEUS...

Só temos a certeza do amor de Deus por nós , quando estamos experimentando alguma dificuldade . No entanto , o nosso caminho ficaria muito mais tranqüilo , se retribuíssemos a confiança que Deus tem por nós ,com a confiança em nosso(s)irmão(s) de caminhada . Se já compreendemos que todos nós somos feitos da essência de Deus , podemos então entender que quando confiamos no nosso irmão , estamos confiando em Deus. Penso que é importante que essa confiança seja uma conquista compartilhada em cada situação que vivemos . Na nossa casa , nas nossas relações mais íntimas , é fundamental que essa confiança seja traduzida em cumplicidade . Com os nossos amigos , a confiança pode ser identificada como parceria . No trabalho , podemos identificá-la com o respeito . Mas , se estivermos disponíveis para a vida , poderemos , com certeza , com alguma dificuldade no início , mas aos poucos mais confiantes , encontrar o Nosso Pai nas situações mais simples . Na medida da nossa disponibilidade , estaremos reconhecendo em nós e depois no(s) nosso(s) irmão(s) , a essência de Deus. É , sem dúvida , tarefa para toda a eternidade reestabelecer essa ligação com o Divino que existe em nós . Aceitar isso é o primeiro passo . Mas ,podemos começar , tentando , só por hoje, a nossa experiência compartilhada de confiança . Vamos fazer o nosso melhor ,e sem preocupação ,a cada dia , poderemos caminhar mais, mais para a frente, mais.... Só por hoje...