quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SÉRIE CONSCIÊNCIA E ATITUDE

Sociedade
Servir a dois senhores

Texto publicado em 28 de Setembro de 2010 -


por Hermann Gonçalves Marx *


Há uma falsa religião que os profetas nunca cessaram de denunciar: a religião dos que julgam ter a consciência em dia sem muito esforço, cumprindo ritos e práticas exteriores de culto. Muitas vezes é uma aparência de religiosidade que serve para encobrir a exploração dos pobres.

O mesmo se dá com alguns governantes, quanto ao ato de governar, especialmente àqueles que têm maior poder de mando. A amizade e a dedicação que o governante deve dedicar ao povo não é fruto de seu bom coração, mas exigência e dever que lhe advêm daquilo que possui e para onde foi colocado.

O dirigente de um governo, em qualquer nível, deve considerar-se mais um atento administrador dos bens de um povo. Como afirma São Basílio: “Não és tu acaso um ladrão que te apossas das riquezas cuja gestão recebestes?”

- Ao doente pertence o remédio que é superfaturado.
- Ao motorista as boas estradas cujas melhorias nunca aparecem.
- Ao trabalhador a aposentadoria desviada.
- Às famílias a segurança de andar nas ruas, que foi subtraída do dia a dia.
- A todos a direito de falar, ser escutado, e ter sua opinião considerada, que foi desprezada.

A má administração do que é público comete tantas injustiças quanto são aqueles a quem deveria fazer e dar as coisas.

São poucos que agora controlam e surrupiam riquezas que são de todos. O dinheiro, especialmente o dos impostos pagos por todos, deve tornar-se instrumento de comunhão entre as pessoas e não privilégio de alguns. Nesse caso se torna uma riqueza de iniquidade, tanto no ato de possuir como no de dar. A doação feita para tranquilizar a consciência não é verdadeira doação.

Roubar dos que tem para dar-se parte grande e distribuir outra parte aos pobres, é uma simples troca de guarda da riqueza e uma falsa idéia de que se reduz a distancia entre ricos e pobres, briga eterna no mundo.

Fazer amigos com a riqueza desonesta?

Não dá para servir a dois senhores: ao dinheiro e ao povo.


* * Hermann Gonçalves Marx possui graduação em Engenharia Mecânica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1972), especialização em economia industrial pela Universidade Técnica de Aachen (1976), mestrado em Sistemas e Pesquisa Operacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e doutorado em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é professor convidado da FIA-USP e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing. Tem grande experiência na área de Administração Empresarial. Atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento endógeno, política industrial, sociedade empresarial, administração pública e economia pública.

FONTE: http://www.portogente.com.br


UMA OBSERVAÇÃO MUITO PERTINENTE:

É UMA ANÁLISE BASTANTE OPORTUNA E SERVE COMO UMA LUVA PARA O ATUAL MOMENTO EM QUE VIVEMOS . ESTAMOS AS VÉSPERAS DE EM MAIS UMA OPORTUNIDADE CONQUISTADA PELO NOSSO ESFORÇO DE EXERCITAMOS O NOSSO DIREITO AO VOTO. PRECISAMOS PENSAR SOBRE TODAS ESSAS QUESTÕES PARA DECIDIRMOS SOBRE AS NOSSAS ESCOLHAS...

VAMOS LÁ...

NOVAS FRONTEIRAS PARA A CIENCIA E O CONHECIMENTO

Debate sobre ciência e conhecimento na UFRJ nesta terça
Texto publicado em 27 de Setembro de 2010

A Universidade Federal do Rio de Janeiro oferece, no dia 28 de setembro, o debate “O atual estágio da ciência e as novas fronteiras do conhecimento”. O evento busca uma multiplicidade de abordagens sobre a ciência e o conhecimento, e, por isso, contará com a presença de educadores, engenheiros, filósofos, sociólogos e outros profissionais da universidade.

Duas mesas de debate estão programadas: a primeira, das 9h às 12h30, contará com a presença de Francisco Dória, Professor Emérito da Escola de Comunicação (ECO/UFRJ); Franklin Trein, diretor do Programa de Estudos Europeus (PEE) do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs/UFRJ); o psiquiatra José Henrique Rubim de Carvalho, vice-presidente da Associação Médico-Espírita do Estado do Rio de Janeiro (AME-RIO) e Roberto Bartholo, professor do Programa de Engenharia de Produção (PEP) da Coppe/UFRJ.

A segunda mesa de debate será de13h30 às 16h30 e trará o padre e filósofo Olinto Pegoraro, um dos organizadores da pós-graduação em Filosofia da UFRJ; Paulo César Fructuoso, professor de medicina da Uerj; Rubens Turci, pesquisador do Laboratório de Estudos da Índia e Ásia do Sul, e o engenheiro Cláudio Conti, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O debate será mediado pelos professores da Escola Politécnica Mário Petzhold e Orlando Cosenza.

“O atual estágio da ciência e as novas fronteiras do conhecimento” acontecerá no auditório do bloco A do edifício do Centro de Tecnologia, Avenida Athos da Silveira Ramos, 149. A entrada é franca.

Fonte: http://www.portogente.com.br
UFRJ

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PELA SUSTENTABILIDADE DO VOTO

FOME DE MARINA Por José Ribamar Bessa Freire*


Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto". Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, "porque ela tem cara de quem está com fome". Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come. Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxundiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política. A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio. "Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel.../ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!". Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre. Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando. Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome.
Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal. Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, "o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta". Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - 'Se Manca' - dizendo a ela: "Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca". Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - 'Você vem' - ela faz autocrítica antecipada, confessando: "Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem... e faz piada". Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: "Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você".
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, "ela tem cara de professora de matemática e mete medo". Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem? Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, suntuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, "il pète de santé". O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem.
Essa é a elite bem nutrida do Brasil... Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país. Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.
(*) Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ)e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

AINDA SOBRE O TRABALHO COMPROMETIDO ...

UM POUCO MAIS DO MESMO...


EM MUITAS OPORTUNIDADES SOMOS TOMADOS PELA IMPRESSÃO QUE O TRABALHO DO GRUPO ESPÍRITA A QUE PERTENCEMOS NÃO ESTÁ SATISFATÓRIO , QUE ALGUMAS POSTURAS NOS INCOMODAM OU ATÉ QUE O NOSSO TRABALHO NÃO ESTÁ MAIS DE ACORDO COM O RUMO DOS TRABALHOS QUE VEM SENDO REALIZADOS .ENTÃO PENSO QUE NESTA HORA PRECISAMOS FOCAR NO NOSSO PRINCIPAL COMPROMISSO COM A CASA E COM O NOSSO MAIOR SERVIDOR DENTRO DELA: DEVEMOS LEMBRAR NA OPORTUNIDADE QUE TEMOS DE BUSCAR PRATICAR O BEM SEM OLHAR A QUEM E INDEPENDENTE DE NÃO RECEBERMOS DE VOLTA E AO NOSSO MESTRE QUERIDO - JESUS, QUE SEMPRE ESTÁ CONOSCO E NOS ASSISTE A TODOS. PRECISAMOS OBSERVAR QUE A CASA ESPÍRITA QUE FREQÜENTAMOS É MAIS UM DOS MUITOS LUGARES DE CONVÍVIO , ALÉM DA NOSSA CASA E DO NOSSO TRABALHO E QUE TEMOS NESTAS SITUAÇÕES MAIS UMA OPORTUNIDADE REENCARNATÓRIA DE NOS MELHORARMOS , SEMPRE NA BUSCA DA NOSSA REFORMA . VOCÊ JÁ PENSOU QUE , SE A CADA OPORTUNIDADE - DIFÍCIL OU COMPLICADA QUE TEMOS EM CASA DECIDÍSSEMOS MUDAR DE FAMÍLIA? OU DE TRABALHO? ACHO QUE NÃO SERIA MUITO BOM, NÈ?
NA MINHA MODESTA OPINIÃO , TODOS NÓS PASSAMOS PELAS NOSSAS OPORTUNIDADES - E NA CASA ESPÍRITA NÃO PODERIA SER DIFERENTE COM O SIMPLES OBJETIVO DE TESTARMOS E APRIMORARMOS A NOSSA CONDIÇÃO . VIVEMOS DIZENDO QUE ESTAMOS NUM PLANETA DE PROVAS E EXPIAÇÃO EM VIAS DE SE MODIFICAR PARA A CONDIÇÃO DE REGENERAÇÃO . MAS TEMOS QUE NOS LEMBRAR QUE ESSA TRANSFORMAÇÃO VIRÁ , NÃO COMO UM PRESENTE DO NOSSO PAI , MAS SIM PELO ESFORÇO QUE FIZERMOS TODOS OS DIAS , EM TODAS ASHORAS, NAS NOSSAS OPORTUNIDADES DE MELHORARMOS A NOSSA SINTONIA NA BUSCA DA PAZ QUE DEVEMOS COMPARTILHAR COM TODOS OS NOSSOS IRMÃOS...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

POSTURA COMPROMETIDA E TOMADA DE POSIÇÃO

EMBORA ESTEJA ENGAJADO NA CAMPANHA DA SENADORA MARINA PARA PRESIDENTE , SEI QUE NÃO TENHO O DIREITO DE PEDIR O VOTO DE NINGUÉM PARA ESSA CAUSA QUE ACHO JUSTA. ACREDITO QUE É A NOSSA CONSCIÊNCIA QUE ESTABELECE AS NOSSAS ESCOLHAS .É A NOSSA VISÃO DE MUNDO QUE NOS DÁ O CAMINHO . POR ISSO É QUE DISCORDO DAS MENSAGENS QUE TEMOS RECEBIDO NOS COLOCANDO QUE NÃO DEVEMOS VOTAR NESSE OU NAQUELE CANDIDATO POR QUESTÕES RELATIVAS A TEMAS POLÊMICOS QUE NOS INCOMODAM DESDE SEMPRE . DEFENDEMOS A VIDA INCONDICIONALMENTE , MAS DEFENDEMOS TAMBÉM O DIREITO DE ESCOLHERMOS QUEM QUISERMOS PARA NOS GOVERNAR . SEMPRE DEFENDI QUE VOTO NÃO PODE TER CABRESTO .SOMOS UMA DEMOCRACIA E TEMOS QUE LUTAR POR ELA . O NOSSO VOTO NÃO PRECISA SEGUIR NENHUMA ORIENTAÇÃO , MUITO MENOS RELIGIOSA.O NOSSO VOTO DEVE APENAS SEGUIR A NOSSA CONSCIÊNCIA...