domingo, 28 de dezembro de 2008

PARA O ANO NOVO...

CONSTRUA A SUA SERENIDADE



Perceba que você pode expandir sua alegria, sua felicidade, seu equilíbrio,
fazendo todos os dias, avaliação de sua própria vida.
Nesse processo, você deve se alcançar por inteiro, aumentando o seu autoconhecimento, sua identidade.

Seja sincero, alegre,cordial.
Ajude, ampare, fraternize, sem fazer exigências.
Fique longe da mentira, do desespero, da maldade.
Não seja incompreensivo, provocador, dominador.
Pense, tente alcançar o melhor, sem sofrer.

Trabalhe, não tema o futuro, seja a sua construção.
Exercite a prece, a vigiliatura, e estará mais próximo da vitória.
Caminhe, observe, alcance mais horizontes.
Busque o conhecimento, a sabedoria, a luz.
Demonstre respeito e consideração pelos companheiros de jornada.

No aprendizado do cotidiano, medite, faça reflexão.
Cultive o bom ânimo, o equilíbrio e a paz.
Saiba obedecer sem perder o sentido crítico.
Procure enxergar mais longe.
Lute, não se acomode, demonstre coragem.

Fale, procure escutar, dialogue serenamente.
Quando fizer crítica, evite destruir a pessoa humana.
Habitue-se a descobrir o que há de melhor no próximo.
Se for preciso, que você admita que errou. Não se irrite, corrija-se com brandura.
Ame, doe o seu ser, faça caridade, não pergunte a quem.

Aprenda, em qualquer situação, a autocontrolar-se.
Levante-se do banco de reserva e se ponha a agir.
Utilize o tempo para a construção do melhor momento.
Não perca a fé no Criador e tudo estará ao seu alcance.
Lembre-se de utilizar, valorizar e dignificar a vida, diariamente.

Descubra quem você é e o que é mais importante a fazer, no momento.
Atualize corajosamente sua identidade.
Supere as dores do mundo,sendo positivamente o bem.
Seja feliz na felicidade dos outros,
só assim você será automaticamente feliz.

Luz, superação, equilíbrio.

A ESPIRITUALIDADE ILUMINA A VIDA DO HOMEM
Leocádio José Correia

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

SOBRE AS PARÁBOLAS DE JESUS

Conhecendo melhor as parábolas



Os evangelhos relatam 44 parábolas apresentadas por Jesus.

Lucas mostra 31, Mateus 22, Marcos 6 e João apenas 2.

Uma parte importante dos ensinamentos de Jesus foi constituída por parábolas. Embora não fosse novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente aos outros livros da bíblia.
Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.
Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus, gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir a obediência das leis mosaicas.
A correta interpretação das parábolas possibilita o fenômeno da sua aplicação universal em todos os tempos, adaptada às situações análogas.
Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido, a parábola possui a grande vantagem de não predispor os ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação.
A definição de parábola é "narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". De suas características, surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão. Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em II Samuel 12:1-14, conhecida como "o profeta Natan repreende a Davi".
De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser mais extensa e exigir maior coerência e plausibilidade entre seus elementos. Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma figurada (metáfora) ou uma seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras, outra no sentido. Alguns autores adotam também o termo símile que quer dizer comparação de coisas semelhantes. "Vós sois a luz do mundo" é uma metáfora; "como um cordeiro mudo diante daquele que o tosquia" é um símile. "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só, mas se morrer, produzirá muito fruto" [João 12:24] é uma alegoria.
Em comparação com as parábolas judaicas, as de Cristo possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais. É seu poder de invadir o tempo e as gerações, despertando o mesmo interesse (senão maior), permitindo sempre que os homens possam ampliar, a cada instante, o sentido dos ensinamentos que transmite. Por tudo isso, bom proveito! Escolha uma parábola para ler e boas reflexões.

Ivan René Franzolim

[Retirado de http://www.espirito.org.br/portal/palestras/ivan-franzolim/boa-nova-11.html]

PARA ACOMPANHAR UM ESTUDO SOBRE AS PARÁBOLAS DO MESTRE JESUS

http://www.scribd.com/doc/2286959/Parabolas-de-Jesus?ga_from_send_to_friend=1

sábado, 15 de novembro de 2008

NA MINHA MODESTA OPINIÃO...


NA MINHA MODESTA OPINIÃO DEVEMOS PENSAR NO LAR DE FREI LUIZ COMO UM IMENSO EDUCANDÁRIO - E É ESSE O NOME DA CASA , NÉ? , ONDE TODOS NÓS ESTAMOS SENDO TESTADOS EM NOSSAS POSSIBILIDADES COM O OBJETIVO DE ALCANÇARMOS A NOSSA TRASNFORMAÇÃO.
NESSES DIAS , ESTAVA RELENDO UM LIVRO MUITO ESPECIAL DO LEONARDO BOFF, ONDE ELE APONTA A NECESSIDADE URGENTE DE NOS REPENSARMOS PARA A VIDA E ADQUIRIRMOS UMA CONSCIENCIA PLANETÁRIA , PENSANDO NO PLANETA COMO A NOSSA ÚNICA E VERDADEIRA CASA E COMO TODOS NÓS COM A ÚNICA E VERDADEIRA FAMÍLIA QUE TEMOS . E ASSIM , PARA ELE - E PARA MIM TAMBÉM TEMOS QUE DESENVOLVER EM NÓS UMA BOA VONTADE INCONDICIONAL PARA CONSTRUIRMOS ALGO DE BOM PRA TODOS NÓS , SEM DISTINÇÃO. PRECISAMOS ESTAR DISPOSTOS A ACOLHER UNS AOS OUTROS GENEROSAMENTE , SEM RESERVAS. PRECISAMOS ESCUTAR COM O CORAÇÃO , NA TENTATIVA DE COMPREENDERMOS MAIS E MELHOR UNS AOS OUTROS . TEMOS QUE INVESTIR VERDADEIRAMENTE NO DIÁLOGO FRANCO , HONESTO E ABERTO , PORQUE PRECISAMOS UNS DOS OUTROS PARA SERMOS MAIS HUMANOS . PRCESISAMOS AFASTAR OS CONFLITOS ,RECONHECENDO-OS COM ARGUMENTOS E TIRANDO DELES COMPROMISSOS PARA A MUDANÇA QUE FOR NECESSÁRIA PARA TODOS. DEVEMOS DEIXAR OS NOSSOS INTERESSES PESSOAIS E PENSAR NOS INTERESSES COLETIVOS , PENSANDO NO QUE É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE PARA TODOS , LEMBRANDO QUE SERÁ A NOSSA RESPONSABILIDADE COLETIVA QUE VAI GARANTIR A NOSSA VIDA FUTURA. PRECISAMOS NOS COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO - PELO MENOS PRECISAMOS TENTAR , PARA COMPREENDER E RELATIVIZAR TODOS OS NOSSOS PENSAMENTOS E AÇÕES E ASSIM , CAMINHARMOS PARA A NOSSA TRANFORMAÇÃO , DESVIANDO DE NÓS OS SENTIMENTOS QUE NOS AFASTAM UNS DOS OUTROS.
FREI LUIZ NOS OFERECEU UMA MENSAGEM INTITULADA "CALA-TE E AJUDA" ONDE NOS ESTIMULA A SEGUIR EM FRENTE MESMO NA DIFICULDADE . ASSIM , VOLTANDO AO COMEÇO , COMPREENDO QUE A CASA QUE FREI LUIZ E ROCHA LIMA NOS LEGARAM É ESSE ESPAÇO PRIVILEGIADO ONDE TODOS NÓS -TODOS MESMOS ESTAMOS APRENDENDO O CAMINHO DAS PEDRAS . MAS PRECISAMOS ACEITAR QUE CADA UM DE NÓS APREENDE DE MANEIRA PRÓPRIA E PARTICULAR E NEM POR ISSO DEIXAM DE COMPOR A NOSSA FAMÍLIA PLANETÁRIA E ESPIRITUAL . PRECISAMOS SEGUIR EM FRENTE FAZENDO A NOSSA PARTE E NOS ESFORÇARMOS EM SER UM FOCO DE RESISTENCIA E LUZ PARA SENSIBILIZAR E ENVOVERMOS A TODOS COM A NOSSA FORÇA E CRENÇA .
ENTÃO , VAMOS EM FRENTE , COM JESUS , FREI LUIZ E ROCHA LIMA!!!!!!!

domingo, 2 de novembro de 2008

A derrota de Paes
Cora Rónai

Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia
as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado,
gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando
descaradamente a máquina estadual, federal e universal,
beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, enfim,
com tudo isso, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira
por 50 mil míseros votos.

Como vitória política, já é um resultado extremamente
questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota
acachapante.

Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso
ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a
dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar.


Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas
para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a
Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a
Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a
Jandira... estou esquecendo alguém?

Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o
desprezo mais profundo de metade do eleitorado.

Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um
momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal,
ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo
jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de
Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas
décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua
administração.

Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje
não significa nada em termos políticos, voltaria a ter
relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito
eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores
e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem
o país seria obrigado a prestar atenção.

Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente
nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será
interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade,
como um retumbante 'Liberou geral!'

Nojo, nojo, nojo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre o Abacateiro e a Semente do Abacate ...

Pensando sobre a Consciência , a Paciência e a Moral...

Já tive a oportunidade de comentar com vocês o quanto sou lento de raciocínio ,né?
Pois é ... Desde domingo passado , depois da Aula do Marconi , venho pensando sobre as observações que foram levantadas sobre a questão da Mediunidade , sobre as necessárias atitudes para o trabalho espiritual que nos propomos a fazer e realizar , e principalmente nestes três aspectos - a Consciência , a Paciência e a Moral como instrumentos importantes para qualificar a nossa atitude no campo mediúnico...
E , aos poucos , fui imaginando que imagem poderia resumir as minhas reflexões acerca do tema . E, devagar foi aparecendo na minha mente a figura de uma semente de abacate que para ,vir a ser um abacateiro , tomar "consciência" da sua possibilidade , precisa da terra e da água, para germinar , precisa de muita "paciência" para vir a ser um abacateiro ...
E,dentro desse tempo todo , essa semente , para evoluir da sua condição , precisa experimentar muitas tranformações - de dentro para fora e de fora para dentro , precisa receber ajuda e apoio , precisa crescer , mudar e evoluir , até que a sua nova condição a possa levar à uma nova experiência...
E, ao caminhar para essa nova condição , e a semente se perceber árvore, e começar -ou será recomeçar? , uma (re)nova(da) experiência de vida , na vida . E, os seus frutos darão novas sementes , que darão novos abacateiros , que darão novos frutos ,que darão...
E,agora , me veio à cabeça a linda música do Gil - Refazenda , que fala um pouco disso...

Acho que viajei muito....

sábado, 13 de setembro de 2008

KADEC,BEZERRA E CHICO...

NOSSO COMPROMISSO...

Kardequização do sentimento :
equilíbrio
Kardequização do raciocínio :
visão
Kardequização da ciência :
humanidade
Kardequização da filosofia :
discernimento
Kardequização da fé :
racionalidade
Kardequização da inteligência :
orientação
Kardequização do estudo :
esclarecimento
Kardequização do trabalho :
organização
Kardequização do serviço :
eficiência
Kardequização das relações :
sinceridade
Kardequização do progresso :
elevação
Kardequização da liberdade :
disciplina
Kardequização do lar :
harmonia
Kardequização do debate :
proveito
Kardequização do sexo :
responsabilidade
Kardequização da personalidade :
autocrítica
Kardequização da corrigenda :
compreensão
Kardequização da existência :
caridade




Kardequizemos para evoluir com acerto à frente do Cristo de Deus. A Terra é nossa escola milenária e, em suas classes múltiplas, somos companheiros uns dos outros.

Kardequizarmo-nos na carteira de obrigações a que estamos transitoriamente jungidos é a fórmula ideal de ascensão.

Estudemos e trabalhemos sempre.

* * *

Bezerra de Menezes
[Psicografado por Francisco Cândido Xavier]

OPORTUNIDADE E TRABALHO...

Venho pensando -(.... Às vezes eu consigo ...), sobre essas duas expressões e os usos que podemos fazer com as duas situações . Pode parecer complicado , mas não é não!
A oportunidade pode ser o que queremos para a nossa vida de relação - em qualquer lugar ou em qualquer situação . Mas pode ser apenas o que alcançamos ou conseguimos conquistar . Podemos pensar na conquista , na disposição , no merecimento e até no esforço que empreendemos para o alcançe do que queremos ...
Mas é nessa hora que começo a pensar sobre o trabalho e vejo que a oportunidade que temos ou conquistamos está diretamente ligada ao esforço que empreendemos para a sua conquista . E isso vale para toda hora e para toda a situação . Em casa temos as melhores oportunidades de relacionamento com a nossa família se trabalhamos para elas . Trabalhamos pelas melhores oportunidades no nosso trabalho investindo em nós , nos colegas e na nossa profissão . Assim é também entre nós e os nossos amigos . Se investimos nas nossas amizades temos as melhores oportunidade de relacionamento...
Da mesma forma , penso que para termos as oportunidades mais adequadas a nós e ao nosso espírito , temos que investir nessa tarefa . Para tal , precisamos definitivamente associar oportunidade e trabalho na lida espiritual - com estudo , compromisso , disciplina e sobretudo melhora da nossa sintonia para o alcançe das nossas melhores condições - tanto físicas como espirituais , para a nossa ligação com o Alto .Acho que é isso ...
Bem , vamos adiante!

domingo, 7 de setembro de 2008

SÉRIE PRA PENSAR II

CIÊNCIA ESPÍRITA

"ESPIRITISMO É UMA QUESTÃO DE BOM-SENSO" - KARDEC


[...] Só a razão kardeciana, em que a verdade se comprova na investigação fenomênica, pode nos dar os elementos eficazes da libertação espiritual. Não se trata de apelo à Providência Divina, mas de tomada de consciência do momento em que vivemos. Todos os recusos igrejeiros a que se apegaram os mestres improvisados de nada valem nesta fase em que só a consciência lúcida pode libertar o espírito do visgo da matéria, segundo a imagem de Kardec e do acúmulo milenar de supertições místicas e mágicas.
Dizia o Apóstolo Paulo aos seus discípulos que, em pequenos, eles se alimentavam de líquidos, mas, ao crescer, necessitavam de alimentos de sólidos. A recomendação se aplica aos espíritas atuais, que não querem largar o mingau da infência pelo tutu de feijão. O Espiritismo tem por finalidade libertar o espírito humano do visgo da matéria, para que ele possa alçar o vôo da transcendência. A Religião Espírita não comporta lamúrias e ladainhas, nem exige dos adeptos atitudes formais, mvoa modulada, gestos artificiais e estudados, olhares lânguidos e lágrimas ou carpideiras em velórios e funerais. As dores e angústias do mundo não são castigos do céu, mas provas necessárias ao desenvolvimento das potencialidades do espírito. Viver é lutar, como no verso de Gonsalves Dias. A luta da vida não se destina a angelizar as criaturas, mas a virilizar o espírito, predispondo-o para vôos de águia e não paro esvoaçar das borboletas. A Angelitude, que é o quarto reino da Natureza, nada tem a ver com anjinhos de procissão com asas de papal de seda. Da Humanidad temos de evoluir para a Angelitude, que é o plano imediatamente superior ao plano terreno, povoado de espíritos elevados em saber e moral, responsáveis por si mesmos e pelo desenvolvimento espiritual dos homens. O anjo espírita não tem asas. Não voa como um pássaro, pois levita em seu corpo espiritual. Os Anjos não constituem uma criação à parte da Natureza, onde tudo se encadeia. Os Anjos são homens que se tornaram mais fortes e viris, capazes de enfrentar as mais pesadas e difíceis tarefas da vida superior. NINGUÉM PENSE QUE CHEGARÁ COM REZAS E HUMILDADE FINGIDA AO PLANO DOS ANJOS. A virilidade angélica é de dignidade, coragem, moralidade e permanente disposição para o trabalho. A graça, como explicou Kardec, não é um privilégio concedido gratuitamente a alguém, em detrimento de outros. A GRAÇA, SEGUNDO KARDEC, É A FORÇA QUE DEUS CONCEDE AO HOMEM DE BOA VONTADE PARA LUTAR E VENCER AS SUAS IMPERFEIÇÕES. Lutar e vencer são as duas espadas simbólicas das vitórias do espírito. O Espiritismo é o Consolador prometido por Jesus, mas o consolo espírita não é cantiga de ninar e sim conhecimento da razão e das finalidades da vida. Só o conhecimento real, o encontro com a verdade pode dar ao espírito a consolação necessária. [...] (Ciência Espírita e Suas Implicações Terapêuticas pág. 123 - Prof. José Herculano Pires - Edições USE)

SÉRIE PRA PENSAR...

O ATEU

“Cada dia que surge constitui uma nova vida
para quem sabe viver”
(Horácio)



Em certa localidade do interior de Minas Gerais, morava um ateu incorrigível. Era casado com linda e digna mulher e possuía um único filho, que contava 12 anos e se constituía o seu maior tesouro.
O ateu, tanto quanto possível, não perdia a oportunidade de revelar seu ateísmo doentio, zombando da crença alheia. Sua prendada esposa o advertia, quase sempre, sem proveito. Contudo, o ateu continuava negando a Deus, multiplicando seu ouro e adorando seu único filho.
Quando menos esperava, a morte veio silenciosa e levou-lhe o filho. Isso entristeceu o coração materno e encheu de desespero o cérebro do ateu.
Passaram-se dois anos. O ateu, agora magro e pobre, sem a esposa que também fora levada para o além, sentia-se só e doente. A conselho de alguns amigos, batera à porta de vários templos, até que, numa tarde abençoada, foi ter a uma sessão espírita.
Aí começou a receber os primeiros socorros. Seu coração, trabalhando pela dor, perdera as vestes negras da vaidade e do orgulho. E numa noite, quando mais se mostrava convicto da verdade espírita, o filho incorpora-se num médium e lhe fala:
“Meu pai, como me sinto feliz em vê-lo aqui! Como demorou a encontrara a grande estrada! Graças a Deus que veio! Mas foi preciso que eu e minha mãe pedíssemos muito a seu favor, para que o pai do céu nos atendesse. Vou contar-lhe uma historieta que um de meus mentores me contou com relação ao nosso caso:
‘Numa aldeia da Índia, vivia um fazendeiro rico que se especializara na criação e seleção de animais. Possuía grande quantidade de vacas reprodutoras de boa qualidade. Era um homem bom e prestativo. Desejava ajudar a todos os seus irmãos de ramagens na Terra. E assim resolveu partilhar sua obra com seus vizinhos de outra aldeia, limitada em seus rumos por um pequeno rio. Mandou selecionar alguns bois e uma vaca que possuía um único bezerro e os enviou aos seus companheiros.
Mas, na passagem do rio, todos os bois passaram, menos a vaca e o bezerro. Tudo foi tentado sem proveito. Alguém, porém, alvitrou: ‘Amarrem o bezerro e atravessem com ele o rio, que a vaca acompanhá-lo-a...’. De fato, a vaca, vendo o filho amarrado, berrando, pedindo socorro e atravessando o rio, não se fez de rogada e também o atravessou...’.
Aí está, meu pai, a lição preciosa que a historieta nos dá. Foi preciso que eu também fosse amarrado pela enfermidade e jogado no rio da morte para que o senhor atravessasse o rio do preconceito e viesse até mim. E assim sentisse como está sentindo comigo a verdadeira vida e, desse modo, iniciar o resgate de suas faltas!
Louvado seja Deus, que o iluminou na dor para compreender a realidade espiritual.

Nivaldo Sernaglia
http://www.jornaldemocrata.com.br

domingo, 31 de agosto de 2008

"UM POUCO SOBRE A REENCARNAÇÃO..."

SÃO ALGUMAS QUESTÕES INTERESSANTES - OUTRAS NEM TANTO SOBRE O TEMA , TRAZIDAS APENAS PARA A NOSSA REFLEXÃO. VAMOS A ELAS...


RETIRADO DO BLOG "SAINDO DA MATRIX"


Já conhecemos que a reencarnação é uma crença difundida no hinduísmo, no judaísmo, no cristianismo original, e no budismo. Todas estas doutrinas bebem da fonte da cultura oriental, mas esta linha de pensamento (a sobreviência e retorno da alma após a morte) também era cultivada no ocidente.

Os gregos Órficos, por exemplo, expunham sua Doutrina Palingenésica numa roupagem filosoficamente avançada, que influenciou Sócrates e Platão (na obra Fédon), dentre outros. Antes dele, Pitágoras também a adotou como condição sine qua non para a evolução plena da alma. Clemente de Alexandria (posteriormente cassado pela Igreja Católica) e Orígenes, o Cristão (considerado "o maior erudito da Igreja antiga") também a divulgariam.

Na Europa gaulesa e britânica, os druidas acreditavam na reencarnação em termos semelhantes aos gregos e budistas. Tal crença foi parte integrante da doutrina cristã até o Concílio de Constantinopla, em 533 D.C., quando, por motivos políticos, foi formalmente repudiada pelo clero. Mesmo assim, a idéia persistiu entre alguns cristãos, especialmente os Cátaros, no século XII. Suas idéias (bem interessantes, que com certeza inspiraram os criadores de The Matrix) se chocavam diretamente com a da Igreja Católica, e por isso a "Santa" Inquisição lançou mão de uma campanha militar de 20 anos pra erradicar os Cátaros da face da Terra (Amém). Além deles, Giordano Bruno (queimado vivo em 1600) sentiu na pele a intolerância da ICAR ao defender idéias heréticas, como o Hermetismo, o Heliocentrismo e a Metempsicose.

Enfim, a reencarnação é mais uma regra do que exceção. Mas as razões e meios pelos quais a reencarnaçao se processa são meio obscuros nessas religiões, e só a doutrina espírita procurou botar os "pingos nos is", com a codificação de Allan Kardec e, no Brasil, com os relatos em forma de romances espirituais psicografados por Chico Xavier (carregados de lições de moral e conteúdo didático, como todo bom guia espiritual). Assim, ficamos meio que bitolados com os romances e deixamos de questionar novas possibilidades, novas visões, novos processos que não entenderíamos nos anos 50 (época de ouro dos livros de Chico) mas que hoje, quase 60 anos depois, poderíamos "ousar" entender. O pensamento abaixo não tem a pretensão de reescrever a teoria da reencarnação pra qualquer doutrina, apenas fornecer um ponto de vista alternativo, paralelo. O texto não é exatamente meu; é sim uma coletânea de coisas que foram debatidas na lista Voadores, principalmente por Lázaro Freire, Patrícia Montini e Arauto Draconiano. Me apoderei sem piedade dos textos deles como se fossem meus, mudando coisas aqui e ali, e acrescentando tantas outras.

Vejamos alguns dados que comprometem o raciocínio reencarnacionista tradicional:

1) Nascidos nesse planeta até meados de 2002 = 106.456.367.669 pessoas.
Fonte: Population Reference Bureau

2) Pessoas ainda vivas até meados de 2002 = 6.215.000.000 pessoas.
Fonte: Population Reference Bureau

3) Razão entre total de espíritos encarnados e total de espíritos desencarnados aguardando reencarnação = 1:10.
Fonte: Várias obras espíritas dão essa estimativa.

4) Total de espíritos que já nasceram alguma vez nesse planeta, mas que já passaram a habitar planetas mais adiantados e não mais encarnarão aqui (digamos uma estimativa conservadora de 10% do total de nascidos) = 10.645.636.766,9.
Fonte: CHUTE BRABO.

CONCLUSÃO:

1) 95.810.730.902.1 vidas já foram realizadas, distribuídas entre 68.365.000.000 espíritos, o que dá uma média de 1,4 vidas por espírito, o que significa que, se cada um dos 68.365.000.000 espíritos ainda ligados a esse planeta tivesse tido o mesmo número de encarnações que os demais, então cada espírito teria reencarnado 1,4 vezes.

2) Prosseguindo nos cálculos, chegamos à conclusão de que, para que pelo menos 10% dos espíritos ainda ligados a este planeta (encarnados ou não) tenham tido 5 encarnações, os outros 90% teriam que ter tido SOMENTE UMA ENCARNAÇÃO.


Estranho, não? Vejamos abaixo um diálogo do filme Waking Life, que é uma espécie de Quem Somos Nós da Filosofia e dos sonhos lúcidos, e que eu recomendo dicumforça para todos os leitores deste blog:


- Não me sai da cabeça algo que você me disse.
- Algo que eu disse?
- É. Sobre a sensação de que você observa a sua vida, da perspectiva de uma velha à beira da morte... Lembra?
- Sim... Ainda me sinto assim, às vezes. Como se visse minha vida atrás de mim. Como se minha vida desperta fosse de lembranças...
- Exatamente. Ouvi dizer que Tim Leary, quando estava morrendo, disse que olhava para seu corpo que estava morto, mas seu cérebro estava vivo. Aqueles 6 a 12 minutos de atividade cerebral depois que tudo se apaga. E um segundo nos sonhos é infinitamente mais longo do que na vida desperta. Entende?
- Claro. Tipo, eu acordo às 10:12h. Então, eu volto a dormir e tenho sonhos longos, complexos, que parecem durar horas. Aí eu acordo e são 10:13h.
- Exato. Então aqueles 6 a 12 minutos de atividade cerebral... podem ser a sua vida inteira! Quero dizer, você é aquela velha, olhando para trás e vendo tudo.
- Se eu sou, o que você seria nisso?
- O que eu sou agora. Quero dizer, talvez eu só exista na sua mente. Eu sou apenas tão real quanto qualquer outra coisa.
- É... Andei pensando sobre algo que você disse.
- O que é?
- Sobre reencarnação, e de onde todas as novas almas vêm ao longo do tempo. Todo mundo sempre diz ser a reencarnação de Cleópatra, ou de Alexandre, o Grande... Não passam de bestas quadradas, como todo mundo. Quero dizer, é impossível. Pense sobre isso: a população mundial duplicou nos últimos 40 anos, certo? Então, se você acredita nessa história egóica de ter uma alma eterna, há 50% de chance da sua alma ter mais de 40 anos. Para que ela tenha mais de 150 anos, é... uma chance em seis.
- O que você está dizendo? Reencarnação não existe? Ou somos todos almas jovens? Metade de nós é de humanos de primeira viagem?
- Não, eu só quero dizer...
- Aonde você quer chegar?
- Eu acredito que de alguma forma a reencarnação é uma expressão poética... do que realmente é a memória coletiva...
Eu li um artigo de um bioquímico, não faz muito tempo. Ele dizia que, quando um membro de uma espécie nasce ,ele tem um bilhão de anos de memória para usar. É assim que herdamos nossos instintos.
- Eu gosto disso. É como se houvesse uma ordem telepática da qual nós fazemos parte, conscientes ou não. Isso explicaria os saltos aparentemente espontâneos, universais e inovadores na ciência e na arte. Como os mesmos resultados surgindo em toda a parte, independentemente. Um cara num computador descobre algo e, simultaneamente, várias outras pessoas descobrem a mesma coisa.
Houve um estudo em que isolaram um grupo por um tempo e monitoraram suas habilidades em fazer palavras cruzadas em relação à população em geral. Então, deram-lhes um jogo da véspera, que as pessoas já tinham respondido. A sua pontuação subiu dramaticamente. Tipo 20%. É como se, uma vez que as respostas estejam no ar, pudessem ser pescadas. É como se estivéssemos partilhando nossas experiências telepaticamente...




_____________


População da Terra:

1000: 310 milhões
1900: 1,6 bilhões
1950: 2,7 bilhões
2000: 6 bilhões (incluindo muitos dos acima)
2050: 9 bilhões (idem)


Não precisa de muita conta ou chute para ver que, matematicamente, quase todos estão na primeira "encarnação" aqui. Ou que o que chamamos de reencarnação pode ser algo bem mais coletivo, assim como a evolução, se "Somos Todos Um Só". Será por isso que tantas pessoas diferentes dizem acreditar (mesmo!) ter sido Cleópatra - ou Allan Kardec? Será que não está na hora de abrirmos a mente para um modelo um pouco mais akáshico e coletivo para reencarnação?

Por outro lado, é inegável (aos espiritualistas e sensitivos) que acessamos, senão "vidas", pelo menos "vivências passadas", até como parte de nossa experiência pessoal. Podemos inclusive ter lembranças e sincronicidades. Mas será que vem mesmo de um ego de nossa "propriedade"? Será que o que acessamos em TVP, Akash e sonhos, vem mesmo da continuidade de nosso ego pessoal? E se somos todos um só, por que precisamos "ter" um ego tão pessoal assim?

Num artigo publicado essa semana pela revista Science, o Dr. H. Henrik Ehrsson, do Departamento de Neurociências Clínicas do Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia), conseguiu induzir pessoas sadias a uma experiência extra-corporal. Segundo Ehrsson, o fenômeno é "uma ilusão perceptiva na qual os indivíduos experimentam que seu centro de consciência, ou seu 'eu', está situado fora de seus corpos físicos, e que olham para seus corpos do ponto de vista de outra pessoa. Esta ilusão demonstra que o sentido de 'ser', localizado dentro do corpo físico, pode estar determinado plenamente por processos perceptivos, isto é pela perspectiva visual junto com o estímulo multi-sensorial do corpo". Caso não tenham entendido, é um cientista neuronal dizendo que seu EU não necessariamente existe dentro do seu corpo!!! E baseado em métodos científicos, publicados na prestigiada revista Science!

Lázaro conta que certa vez teve certezas íntimas de ter sido um personagem conhecido. Para não viajar muito, aceitou talvez ter sido um conhecido do cara, um colaborador. Mas o fato é que eu pegava um livro e lhe vinha tudo, fora sincronicidades variadas. Tudo o que faria um espírita (ou ufólogo místico) pensar ter sido "o" cara, e tentar recuperar sua "missão". Por precaução, preferiu confirmar para si mesmo do que sair revivendo sua "encarnação" anterior. E obteve algumas confirmações. Até que começou a acessar a vida de outro autor B, com a mesma sinceridade e intensidade. Mais confirmações vieram, do mesmo modo. Mais tarde, ao pegar em um livro de um autor C, um pacote de conhecimentos lhe veio à mente. Ele já sabia o que estava escrito, escrevia parecido com ele, se identificou muito com o autor. O mesmo valeu para D, que referências de espiritualidades confiáveis lhe disseram mais tarde ter sido ele em uma outra vida. De fato, ele se identificava com todos eles. E os vários karmas de A, B, C e D explicavam bem sua vida, tanto nos defeitos quanto nas qualidades. O problema é que essas pessoas tinham vivido praticamente no mesmo tempo!! Ainda tentaram lhe dizer que talvez eles tivessem se encontrado, ou que talvez ele tivesse sido um intelectual que estudou muito os quatro, mas no íntimo ele sabe que os "acessou" de alguma forma.

O fato é que o nosso "hardware", mesmo sendo de última geração, parece poder acessar os "softwares" mais antigos via emulação.

Um modelo mais "dilatado" dos Arquivos/Registros Akáshicos pode responder por estes fenômenos. Pra quem não sabe, esses arquivos são como registros de eventos que acontecem em determinado lugar. Um sensitivo, por exemplo, poderia, ao caminhar nas praias da Normandia (França), "acessar" algumas cenas do desembarque do Dia-D (mais ou menos como aquela propaganda do History Channel, o "descubra onde você está") que ficaram impressas no "éter" ou "Akash" (a matéria-prima do Universo, na metafísica). Seria pelos mesmos motivos que certos lugares ficam "mal assombrados".

Tenho até uma história interessante pra compartilhar sobre isso. Há alguns anos, no Carnaval aqui em Recife, estava eu à noite seguindo o "Batutas de São José" e cantando a melodia mais linda de todo o Carnaval brasileiro (Hino dos Batutas), quando, ao entrar pela Av. Marquês de Olinda, próximo ao Marco Zero, entrei numa espécie de limbo, onde "via", com os olhos da mente (e superposicionados acima da minha visão "real") personagens de outros carnavais. Pude perceber claramente pierrots e colombinas debruçados nas janelas dos casarões (há muito abandonados), jogando confetes e serpentinas. Foi uma experiência muito, muito diferente do que simplesmente imaginar aquilo. Eu estava VENDO, e ao mesmo tempo não vendo! Achei aquilo tão estranho (ver uma janela aberta com um palhaço de gola larga, e por trás a mesma janela fechada) e tão lindo (a chuva de confetes, as serpentinas ligando um prédio a outro) que acabei saindo daquele estado, com lágrimas nos olhos por não termos isso hoje em dia.

Explicações pra isso podem envolver que eu tenha "lembrado" de outra encarnação minha em Recife, naquele mesmo ponto, num Carnaval qualquer. Posso ter acessado os registros Akáshicos, ou simplesmente me desloquei na linha do tempo (como naquele filme Projeto Philadelfia). Ou eu surtei e deveria ter tomado remédios... Mas são questões que não deveriam estar em um ou outro compartimento de crenças: elas devem ser abordadas por todos os ângulos, pois não temos a certeza de NADA.

Uma pessoa faz Terapia de vidas passadas para saber porque não gosta da nora, e então descobre que ela roubou seu marido em outra vida. Tudo faz sentido, tudo se encaixa magicamente como num romance da Zíbia Gaspareto, e a pessoa sai dali dizendo que "se resolveu". Pode até ser que isso tenha vindo de uma vida passada sim (há outras possibilidades), e talvez até tenha sido a dela (há outras também). Mas não basta, a meu ver, saber que o peso daqui é igual ao de lá, e que tudo está certo na mesma proporção. Ao contrário, creio que as coisas se encaixam tão magicamente assim (em sonhos, regressões ou romances da Zíbia) exatamente porque foram "feitas sob medida", ou seja, são a perfeita compensação da mente. É como uma equação, o problema (nora) está de um lado da igualdade de tal modo que tudo se equlibre SE... (E aí vem o conteúdo da regressão). É nessa hora que o terapeuta tem como compreender de QUAL tipo de igualdade e variáveis estamos falando, e começar a atuar de modo a criar uma nova relação entre a sogra e a nora - e, provavelmente, de um grande Édipo que haveria nesse tipo de compensação (roubar meu filho = roubar meu homem).

Pode ser que a pessoa tenha mesmo vivido aquilo em outra vida. Mas ela viveu inúmeras outras coisas, e se o inconsciente foi buscar AQUILO, é porque ali deve estar o simbolismo para reequilíbrio e resolução. Pelo mesmo motivo, ele poderia buscar no Akash, na vida de outra pessoa, em um mito do inconsciente coletivo redramatizado oniricamente pelo transe, ou mesmo fabricado na hora, oniricamente, como forte imagem de compensação. No final das contas, tanto faz.

Tempo e espaço são conceitos que não fazem sentido para o inconsciente
(Sigmund Freud)
A nossa abordagem psicológica/metafísica de hoje é como aquela fábula do elefante e dos três cegos: todos estão certos e ao mesmo tempo todos estão errados. Ken Wilber nos fala que cada escola ou teoria psicológica seria mais adequada à explicação de uma série de comportamentos específicos dentro de um "espectro" de comportamentos possíveis ao desenvolvimento humano. Assim, teríamos desde um quadro mais mecanicista, dado, por exemplo, pelo behaviorismo radical, até os mais avançados, como a da Psicologia Transpessoal. Cada escola estando, dentro dos seu enquadramento teórico, relativamente certa, nestas condições.

O pensamento transpessoal de Ken Wilber bebe na tradição da Teosofia (e, conseqüentemente, dos Rosacruzes) que, por sua vez, se inspira no modelo budista Tibetano, encontrado no Livro Tibetano dos Mortos, que rompe com o que comumente conhecemos como reencarnação da personalidade. Baseado nisso, Frank Visser propõe que o Ego espiritual (ou seja, o que achamos ser o espírito de João pedreiro, que já foi Napoleão em outra vida e jogou pedra na cruz de Jesus em Jerusalém) está disassociado da personalidade terrena (ou seja, esse espírito não foi nada disso, sendo apenas uma gota num oceano que já comportou gotas que animaram Napoleão, João pedreiro e o miserável que jogou pedra na cruz). Após a morte do corpo físico, o Ego espiritual vai embora pro seu mar e aquela personalidade ainda permanece um tempo no mundo astral e mental, se desvanecendo gradualmente (como uma pilha perdendo a carga) até sumir. Puf! Ali, no oceano, o Ego "descansa" (por horas ou anos) até que sinta a necessidade (que ele descreve como uma "fome") de receber estímulos dos planos mais grosseiros, de sentir-se "vivo".

Nós não somos mandados de volta à Terra contra a nossa vontade, e sim por necessidade. Somente se formos espiritualmente cônscios (ou seja, se já alimentamos nossas baterias no plano espiritual com plena consciência) não precisaremos retornar. Algumas boas almas retornam puramente pela vontade de libertar outras almas desse ciclo inconsciente (alguém falou Jesus?).

O que eu achei esquisito na teoria é que, se o ego espiritual encarna uma personalidade, o que é feito das memórias e experiencias dessa personalidade? É retida?? Se sim, então é o mesmo que dizer que a personalidade está retida no ego.
Se é compartilhada com os outros egos, então como o ego pode sentir necesidade de "descer" pra "se alimentar" se ele compartilha da experiência de vida dos outros egos que estão "subindo"??

Aliás, esta última alternativa é a idéia que Carl Gustav Jung fazia da existência consciente depois da morte: uma consciência da humanidade. Quando alguém morre, "transmite" sua experiência para a consciência coletiva (que nunca excede o limite do que o homem encarnado pode alcançar, ou seja, nunca "aprende" nada do "lado de lá"), e é por isso mesmo que a vida aqui na Terra teria tanta importância, pois só aqui, na vida terrena, onde os extremos se tocam, poderíamos elevar a consciência geral.

Uma imagem interessante do Ego espiritual de Wilber é a do mergulhador que vai buscar uma pérola em altas profundidades. O espírito busca a pérola da experiência/vivência na Terra, mas não pode permanecer muito tempo ali. De quando em quando, precisa retornar ao seu mundo original, para "respirar".

É um conceito similar em parte a concepção órfica da imortalidade: a alma está enterrada no corpo como se fosse um túmulo (soma-sema, que significa em grego corpo-túmulo). Como conseqüência, a existência encarnada se assemelha mais a uma morte e o falecimento constitui o começo da verdadeira vida. Esta verdadeira "vida" não é obtida automaticamente; a alma será julgada segundo as suas faltas e os seus méritos. Após um certo período, ela reencarna. A influência egípcia – julgamento de Osíris e reencarnação – é insofismável no orfismo. Nessa via crucis de reencarnação em reencarnação, até mesmo em corpo de animais, a alma vai se purificando. Nesses intervalos reincarnacionistas, a alma chega a demorar uns 1.000 anos no castigo do inferno, onde sofre um ciclo de pesadas penas. Quando completamente purificada, sai desse ciclo de gerações para reinar entre os heróis. O destino, obviamente, não será o mesmo para os iniciados órficos e os profanos. O mortal comum profano deverá percorrer dez vezes o ciclo antes de escapar.

Há um conceito difundido na Igreja Messiânica (e também na Igreja budista Risho Kossei-kai) de que somos a soma de milhares de antepassados. É a Doutrina Anatta (do "não-eu"), onde o que permanece após a morte não é a alma individual, mas sim o karma (ação) que se fez em vida. Segundo o ensinamento de Buda, a existência, a continuidade da vida e sua cessação são explicadas em uma fórmula detalhada - chamada de Patika Samuppada (produção condicionada), constituída de doze fatores:

1. Pela ignorância são condicionadas as ações volitivas ou formações kármicas.
2. Pelas formações kármicas é condicionada a consciência.
3. Pela consciência são condicionados os fenômenos mentais e físicos.
4. Pelos fenômenos mentais e físicos são condicionadas as seis faculdades (quer dizer, os cinco órgãos dos sentidos e a mente)
5. Pelas seis faculdades é condicionado o contato. (sensorial e mental)
6. Pelo contato é condicionada a sensação.
7. Pela sensação é condicionado o desejo.
8. Pelo desejo é condicionada a posse.
9. Pela posse é condicionado o processo do vir-a-ser.
10. Pelo processo do vir-a-ser é condicionado o nascimento.
11. Pelo nascimento são condicionados:
12. A decrepitude, a morte, as lamentações, as penas, etc.

Notem que é pela ignorância que todo o processo começou, gerando uma ação que gerou uma consciência. Há semelhanças aqui com o Velho Testamento (Gênesis) e a ignorância de Adão e Eva de se deixarem enganar pela serpente (uma leitura atenta mostra que no fundo eles desejavam ter o mesmo conhecimento/discernimento de Deus). Após isso, temos uma ação (a mordida do fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal) e, finalmente, o lampejo de consciência (eu ≠ você) que os fez perceber que estavam "nús". Fábula semelhante está representada pela queda de Lúcifer: A "queda" em si é tão justificada pela consciência recém-adquirida que não a percebemos como um ganho.

Quem cai pelo coração o sofrimento é tanto que redime. Quem cai pela inteligência - vejamos o exemplo da entidade demoníaca do texto bíblico, que não é tão simbólico quanto parece - não se sente caído...
(Emmanuel)

É assim que a vida aparece, existe e continua, em forma circular (a tal roda de Samsara). Entretanto, se tomarmos esta fórmula em sentido contrário, chegamos a cessação do processo, um religamento ao Todo.

O que Buda nega é a idéia da existência de uma alma imortal individualizada. Afinal, se a alma foi "criada" em algum ponto, ela estará sujeita a cessar. E o budismo é enfático em dizer que tudo é impermanente. Então sua individualidade também é uma ilusão que precisa ser superada para evitar o sofrimento, assim como sua idéia de "meu corpo", "minha família", etc.

Talvez estejamos apegados demais à nossa personalidade para analisarmos a reencarnação não só como flores individuais desabrochando e morrendo, e sim como um jardim, onde cuidamos das flores individual e coletivamente, buscando um efeito que só pode ser apreciado à distância.

O Prof. Alberto Cabral, do CEFLE, costuma dizer que aqui na Terra há "reencarnações por arquétipos". Na visão dele, diferente do que o espiritismo prega, as pessoas não vêm reencarnar com seus parentes e situações de outrora, pois seria impossível em termos práticos. Os espíritos apenas vestem encarnações similares, situações parecidas onde der pra encaixar, as quais somadas fecham o cenário para que a pessoa encontre - ou supere - os complexos que precisaria, karmicamente, encontrar. Ex: Você tem a impressão que tava encarnado na vida passada com um amigo desta. Mas na verdade teu amigo da vida passada "evoluiu" mais rápido que você, que continua, por exemplo, brigão. Então teu amigo atual é outro espírito brigão apenas parecido com o que o teu primeiro amigo era na vida passada. A fila andou. Não faria sentido teu primeiro amigo continuar do teu lado vivendo as mesmas coisas se ele já aprendeu o que você ainda não conseguiu. A gente reencarnaria por sintonia - lugares e pessoas necessárias ou compatíveis pra vivência dos karmas, algo assim. Tal conceito guarda grande semelhança com o Anatta budista.

Já Krishnamurti nos fala que a gente morre e não sobra nada individual, existindo tão-somente um tipo de "padrão coletivo de emoções", um campo que seria "personalizado" a cada nascimento. Acho que, para ele, só sai dessa roda de Samsara quem desperta, sai do rio da vida, saindo do padrão ego/pensamento/emoção; só que daí também não sobraria nada individual, porque esse "desperto" aí se fundiria no grande e incompreensível Todo que existe além do rio.

Para a Gnose, a alma individualizada tem ao seu dispor 108 vidas para alcançar a auto-realização. Caso não consigam, deverão involuir no reino mineral até que passem pela "Segunda Morte". Após isso, a Essência, a Alma ou princípio imortal, escapa e volta para a superfície, para a luz do sol, a fim de recomeçar a jornada, a fim de iniciar uma nova evolução, desde o estado mineral, passando pelo vegetal, animal, e chegando, novamente, no estado humano ou humanóide que outrora perdeu. Aí novamente serão consignadas mais 108 vidas. Se nos auto-realizamos no novo ciclo, ótimo; se falhamos, repetiremos todo o processo.

Para os Rosacruzes, cada ser humano renasce no plano terreno a cada 144 anos, em média. Se, por exemplo, uma pessoa vive 80 anos neste plano terrestre e morre, a alma e a personalidade da referida pessoa permanecem no plano cósmico psíquico cerca de 64 anos antes de se reencarnar, a fim de completar o ciclo de 144 anos. Seguindo o mesmo raciocínio, a criança que desencarna aos quatro anos de idade teria de permanecer 140 anos aguardando a reencarnação.

No Bhagavad-gita, a mais famosa escritura do hinduísmo e a base principal o movimento Hare Krishna, lê-se: "Assim como a alma corporificada continuamente passa nesse corpo da infância à juventude e à velhice, do mesmo modo, a alma passa a outro corpo após a morte. A alma auto-realizada não se confunde com tal mudança". Os Vedas também explicam que, no mundo material, a alma transmigra dentro de um ciclo de nascimentos e mortes materiais através de 8.400.000 formas de vida. A forma de vida humana, entretanto, é a única em que a pessoa pode se auto-realizar. As espécies de vida inferiores às humanas não são dotadas com inteligência suficiente para compreender a diferença entre o eu e o corpo.

Para a ciência, existe ainda a possibilidade de multiversos. Então, como fica a individualidade em cada universo paralelo? O resultado dessa salada toda parece apontar pra o aperfeiçoamento de uma individualidade duramente conquistada, reformada e aprimorada pra voltar outra vez pro Todo de onde só aparentemente "saiu". Por que tudo isso começou? Será que é o Criador/Todo querendo se reconhecer (In Lake' ch)? O Deus em mim saudando o Deus em você (Namastê)? Será que esse processo todo foi um engano? Ou será que gera algum tipo de energia que mantém nosso universo?


Referência: Considerações sobre a Idéia da Reencarnação Ontem e Hoje: Uma Abordagem Científica, Histórica e Psicológica;
O mito de orfeu

Holismo, Internacional, Metafísica - publicado às 11:32 PM 129 comentários

domingo, 10 de agosto de 2008

ESTÓRIAS DO CHICO....

CERTA VEZ...

Em meio à polêmica, o rapaz de Pedro Leopoldo ficava famoso e virava atração principal em sessões espíritas de outras cidades. Em 1936, enquanto Karloff provocava calafrios no filme 'O Morto Ambulante', ele roubava a cena na Sociedade de Matapsíquica de São Paulo. Na noite de 29 de março, colocou no papel uma mensagem assinada por Emmanuel, em inglês, e escrita de trás pra frente, em papel timbrado da entidade, previamente rubricado com duas assinaturas. A platéia só faltou aplaudir de pé e pedir bis. Após a exibição,foi convidado para um jantar na casa de uma 'socialite' espírita. A dona da casa tinha ímpetos de colocar o "embaixador" dos mortos numa de suas baixelas de prata. Diante dos talheres reluzentes e dos figurinos de gala, o rapaz enrubescia, engasgava. Nunca tinha visto tanta comida junta.Nem sabia por onde começar. Estava paralisado.De repente, saltou em direção à porta da cozinha e arrancou das mãos de uma jovem uma travessa repleta de arroz. A anfitriã chegou a tempo de evitar o pior. O rapaz estava contrariado. - A coitadinha é tão frágil. E nós aqui, à toa, vendo-a fazer tudo sozinha. Foi difícil convencer o matuto de que a coitada era empregada da casa e recebia um salário por aquele serviço. Só após certa disputa pela posse da bandeja, Chico se conformou e foi à mesa se servir. A dona da casa fez questão de acompanhar o 'tour' do pobrezinho em torno do bufê. - Isto é gostoso, meu filho. Coma, coma, coma um pouco mais. Com medo de fazer desfeita, o coitado engolia a miscelânea de carnes, massas, saladas. Sempre que levava à boca os últimos vestígios de comida,escutava a voz estridente ao seu lado: - Coma um pouco mais. O que é isso? Tão pouco... O prato se esvaziava e logo se enchia de novo. Chico sorria, agradecia,afrouxava o cinto, desabotoava o colarinho, respirava fundo. Quando chegou a sobremesa, sentiu vontade de chorar. A anfitriã cobriu seu prato de doces.Ele comeu. Ao sair, amparado por amigos, escutou o comentário sussurrado pela dona da casa a uma amiga: - Esse Chico é formidável, mas, puxa, como come!... Chico engoliria muito sapo até aprender a dizer 'não'. O aprendizado foi indigesto.

"As Vidas de Chico Xavier"- Marcel Souto Maior - Editora Rocco

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

INVISIBILIDADE NÃO É AUSÊNCIA...



VOCÊ JÁ PENSOU NISSO?
VERDADE?


Baseado em algumas leituras de Eurípedes Barsanulfo...

Muitas vezes podemos ser e somos surpreendidos por algumas companhias que imaginamos serem intrusas ou nada bem-vindas . Em outras oportunidades ficamos muito felizes pela presenças alegres de amigos ou conhecidos...E , assim podemos e acabamos por nos acostumar com muitas dessas situações em todos os dias , em todas as horas , naturalmente .Mas , será que já paramos verdadeiramente para pensar que tanto nas situações físicas como nas espirituais , essas aproximações são responsabilidade exclusiva da nossa condição e situação ? Será que nos lembramos no dia-a-dia , que somos , vivemos e atuamos ,baseados na nossa sintonia mental? Será que já nos apercebemos que a nossa disponibilidade é que norteará a nossa ação? Como será que o nosso caminho é construído? Será que a nossa jornada é verdadeiramente só nossa?Vamos pensar nisso?

domingo, 27 de julho de 2008

SOBRE O DESDOBRAMENTO ESPIRITUAL...

O SONHO É O AQUÁRIO DA NOITE

Todos as noites de nossa vida em que conseguimos dormir, realizamos o que o espiritismo chama de desdobramento, ou seja, nosso espírito se liberta do corpo físico, que descansa, e nessa libertação "retorna" ao seu habitat natural. Esse desdobramento também acontece em outras situações como hipnose, meditação, traumas violentos, anestesia... mas nosso foco hoje é o desdobramento induzido pelo sono.
O que faz o espírito nesses momentos?
No livro dos espíritos, codificado por Allan Kardec, vemos no capítulo VIII, na parte que fala sobre a emancipação da alma essas duas questões :

O sono e os sonhos
400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?

“É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.”

401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. ”

Aliada a essas informações trazidas por Kardec, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, são ricos em dados sobre o desdobramento. Durante esses momentos do sono obtemos o que procuramos durante o dia, ou seja, podemos aproveitar nossas noites em companhia dos mentores e amigos espirituais, assim como podemos nos transportar para regiões infelizes do astral inferior, onde nos localizamos por afinidade energética. Em uma ou outra ocasião colhemos os frutos de nossas ações, obtendo nessas regiões de ventura ou de sofrimento, o que procuramos.
Uma analise mais séria, nos indica que se tivessemos o hábito de treinar o desdobramento viveríamos de forma muito mais tranquila.
Uma oração antes de dormir, com um pedido sincero de proteção, nos livraria de muitas dificuldades que nos mesmos criamos. A questão é que como pedirmos uma coisa a noite enquanto fazemos o oposto o dia inteiro ?
A nossa saída do corpo durante a noite pode ser direcionada pela ação da nossa vontade sincera, dessa forma podemos participar de aulas, cursos, tratamentos espirituais, aproveitando também nossas noites para nosso desenvolvimento espiritual.
É o nosso livre arbítrio operando novamente. Basta escolhermos o caminho mais curto.

Abaixo segue trecho do grade escritor Victor Hugo, retirado do livro, os trabalhadores do mar, onde ele fala sobre o desdobramento de forma maravilhosamente poética :
...O sono está em contato com o possível, que também chamamos o inverossímel. O mundo noturno é um mundo. A noite é um universo. O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas de altura, chega a noite fatigado, cai de fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o desconhecido. As coisas sombrias do mundo ignorado tornam-se vizinhas do homem ou porque haja verdadeira comunicação, ou porque as distâncias do abismo tenham crescimento visionário; parece que as criaturas invisíveis do espaço vem contemplar-nos curiosas a respeito da criatura da terra; uma criação fantasma sobe ou desce para nós, no meio de um crepúsculo; ante a nossa contemplação espectral, a vida que não é a nossa agrega-se e dissolve-se, composta de nós mesmos e de um elemento estranho; e aquele que dorme, nem completo vidente, nem completo inconsciente, entrevê as animalidades estranhas, as vegetações extraordinárias, as cores lívidas... todo esse mistério a que chamamos sonho e que não é mais do que a aproximação de uma realidade invisível. O sonho é o aquário da noite.

Postado por Sérgio Vencio , do BLoG Medicina e Espiritualidade

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SOBRE ÉTICA E JUSTIÇA...

Maio de 2002 : O ovo da serpente estava chocando...

P.S
Recebi de um irmão e achei oportuno compartilhar....


Em 8 de maio de 2002, quando Gilmar Mendes estava para ser nomeado por FHC
para o STF, o jurista e professor Dalmo de Abreu Dallari foi profético, em
artigo escrito na Folha de São Paulo:


SUBSTITUIÇÃO NO STF:Degradação do Judiciário

Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.
Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido
afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de
Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o
presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas,
encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal
Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder
Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos
Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.
Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal,tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente - pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.
É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha inadequada.
É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou- se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo.Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União,aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalida de,duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.
Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".
Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no "Informe", veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região(edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo,significativamente intitulado "Manicômio Judiciário" e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que "não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo".
E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar
Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de
conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na "indústria de liminares".
A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista "Época" (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na "reputação ilibada", exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo,com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado,prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou "ação entre amigos". É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.

sábado, 19 de julho de 2008

SOBRE O BAMBU CHINÊS...

Sobre o Bambu Chinês...

O bambu chinês (bambusa mitis) é uma planta da família das gramíneas, nativa do Oriente.

Destacamos aqui uma particularidade muito interessante, relativa ao seu crescimento.

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo.

Durante 5 anos, todo crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu.

O que ninguém vê, é que uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo cuidadosamente construída.

Então, lá pelo final do quinto ano, o bambu chinês cresce, até atingir a altura surpreendente de 25 metros.



Quantas coisas em nossa vida são similares ao bambu chinês...

Trabalhamos, investimos tempo, esforço, dedicação, e às vezes não vemos resultado algum por semanas, meses ou anos.

Quem sabe, se lembrarmos desta lição que a natureza nos dá, através do bambu chinês, teremos a paciência necessária para esperar o tal
quinto ano.

Assim não deixaremos de persistir, de lutar, de investir em nós mesmos, sabendo que os frutos virão com o tempo.

Muitos ainda somos imediatistas, desejando o retorno fácil, a conquista instantânea.

Esquecemos que todas as grandes e valorosas conquistas da alma demandam tempo, exigem esforço de muitos e muitos anos, e às vezes de muitas vidas.

Este hábito de não desistir de nossos objetivos, de continuar tentando, de não se abalar perante os inevitáveis obstáculos, constitui uma virtude.

Continuar, persistir, manter constância e firmeza, fazem parte da importantíssima virtude da perseverança.

A perseverança é o combustível dos vencedores.

Mas não dos vencedores mundanos, de vitórias superficiais e transitórias.

Mas daqueles que vencem a si mesmos, que vencem dificuldades no anonimato.


Thomas Edison, homem perseverante, afirmou que nossa maior fraqueza está em desistir, e que o caminho mais certo para vencer é tentar mais uma vez.

E quantas centenas de vezes ele tentou fabricar sua lâmpada, sem sucesso... E o mais interessante é que as muitas tentativas frustradas lhe davam mais forças ainda.

Eu não falhei. – dizia ele. Encontrei 10 mil soluções que não davam certo.

Em outro momento afirmou que os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são: primeiro, trabalho árduo; segundo, perseverança; terceiro: senso comum.


Aprendamos com esses expoentes que muito conseguiram, não vislumbrando apenas os louros da glória, ou apenas admirando contemplativamente.

Respeitemo-los por suas aquisições valorosas, e enxerguemos o caminho todo que trilharam até conseguir seu sucesso.


* * *


Não asseveres: É-me impossível fazer!

Não redargas: Não consigo!

Nunca informes: Sei que é totalmente inútil aceitar.

Nem retruques: É maior do que as minhas forças.


Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizada, já que o possível se pode realizar imediatamente.



FONTE: Redação do Momento Espírita com base no cap. 39, do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

domingo, 13 de julho de 2008

SOBRE A MISSÃO DE KARDEC....

Minha missão

12 de junho de 1856 – (Em casa do Sr. C...; médium: Srta. Aline C...)

Pergunta (à Verdade) – Bom Espírito, eu desejara saber o que pensas da missão que alguns Espíritos me assinaram. Dize-me, peço-te, se é uma prova para o meu amor-próprio. Tenho, como sabes, o maior desejo de contribuir para a propagação da verdade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário em chefe, a distância é grande e não percebo o que possa justificar em mim graça tal, de preferência a tantos outros que possuem talento e qualidades de que não disponho.

Resposta
– Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem. Nunca, pois, fales da tua missão; seria a maneira de a fazeres malograr-se. Ela somente pode justificar-se pela obra realizada e tu ainda nada fizeste. Se a cumprires, os homens saberão reconhecê-lo, cedo ou tarde, visto que pelos frutos é que se verifica a qualidade da árvore.

P. – Nenhum desejo tenho certamente de me vangloriar de uma missão na qual dificilmente creio. Se estou destinado a servir de instrumento aos desígnios da Providência, que ela disponha de mim. Nesse caso, reclamo a tua assistência e a dos bons Espíritos, no sentido de me ajudarem e ampararem na minha tarefa.

R.
– A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens o teu livre-arbítrio, do qual podes usar como o entenderes. Nenhum homem é constrangido a fazer coisa alguma.

P. – Que causas poderiam determinar o meu malogro? Seria a insuficiência das minhas capacidades?

R. – Não; mas, a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro. Não suponhas que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficares tranqüilamente em casa. Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois, sem isso, viverias muito mais tempo. Ora bem! não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que Ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmem Também são de necessidade prudência e tato, a fim de conduzir as coisas de modo conveniente e não lhes comprometer o êxito com palavras ou medidas intempestivas. Exigem-se, por fim, devotamente, abnegação e disposição a todos os sacrifícios.

Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti. Espírito Verdade

Eu – Espírito Verdade, agradeço os teus sábios conselhos. Aceito tudo, sem restrição e sem idéia preconcebida.

Senhor! pois que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! Está nas tuas mãos a minha vida; dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa-vontade não desfalecerá, as forças, porém, talvez me traiam. Supre à minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxílio e dos teus celestes mensageiros, tudo envidarei para corresponder aos teus desígnios.
NOTA – Escrevo esta nota a 1º de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que me foi dada a comunicação acima e atesto que ela se realizou em todos os pontos, pois experimentei todas as vicissitudes que me foram preditas. em luta com o ódio de inimigos encarniçados, com a injúria, a calúnia, a inveja e o ciúme; libelos infames se publicaram contra mim; as minhas melhores instruções foram falseadas; traíram-me aqueles em quem eu mais confiança depositava, pagaram-me com a ingratidão aqueles a quem prestei serviços. A Sociedade de Paris se constituiu foco de contínuas intrigas urdidas contra mim por aqueles mesmos que se declaravam a meu favor e que, de boa fisionomia na minha presença, pelas costas me golpeavam. Disseram que os que se me conservavam fiéis estavam à minha soldada o que eu lhes pagava com o dinheiro que ganhava do Espiritismo. Nunca mais me foi dado saber o que é o repouso; mais de uma vez sucumbi ao excesso de trabalho, tive abalada a saúde e comprometida a existência.
Graças, porém, à proteção e assistência dos bons Espíritos que incessantemente me deram manifestas provas de solicitude, tenho a ventura de reconhecer que nunca senti o menor desfalecimento ou desânimo e que prossegui, sempre com o mesmo ardor, no desempenho da minha tarefa, sem me preocupar com a maldade de que era objeto. Segundo a comunicação do Espírito de Verdade, eu tinha de contar com tudo isso o tudo se verificou.

Mas, também, a par dessas vicissitudes, que de satisfações experimentei, vendo a obra crescer de maneira tão prodigiosa! Com que compensações deliciosas foram pagas as minhas tribulações! Que de bênçãos e de provas de real simpatia recebi da parte de muitos aflitos a quem a Doutrina consolou! Este resultado não mo anunciou o Espírito de Verdade que, sem dúvida intencionalmente, apenas me mostrara as dificuldades do caminho. Qual não seria, pois, a minha ingratidão, se me queixasse! Se dissesse que há uma compensação entre o bem e o mal, não estaria com a verdade, porquanto o bem, refiro-me às satisfações morais, sobrelevaram de muito o mal. Quando me sobrevinha uma decepção, uma contrariedade qualquer, eu me elevava pelo pensamento acima da Humanidade e me colocava antecipadamente na região dos Espíritos e desse ponto culminante, donde divisava o da minha chegada, as misérias da vida deslizavam por sobre mim sem me atingirem. Tão habitual se me tornara esse modo de proceder, que os gritos dos maus jamais me perturbaram.
(Obras Póstumas – 2ª Parte – Pág. 281)

PARA PENSAR...

CURAS ESPIRITUAIS

P.S. Este é um arigo retirado de um outro blog , mas muito interessante . Traz uma experiencia acerca de um tema muito mais comum que a nossa fé pode alcançar e entender . Podemos perceber muita semelhança com muitas situaçõe que já vivemos . Mas , vamos ler e pensar...

É quase um ritual. Todos os anos vamos à festa de anos das filhas de um amigo nosso. Convívio sadio e agradável, faz com que repitamos tal hábito com muita alegria, aproveitando aqueles momentos para dar azo a conversas mais abertas e quase sem rumo, ao sabor do tempo. Desta vez, acabámos por falar em Espiritismo e em curas espirituais, vindo um testemunho de onde menos esperávamos.
Sabendo a nossa condição de espírita, um dos presentes na referida festa de anos acabou por rematar: «Eu tenho muito respeito por “essas coisas”, pois tive um caso na minha família que me fez pensar…».Ficámos curiosos e lá seguimos a história daquela pessoa…Há uns anos atrás uma familiar da nossa interlocutora, tendo um problema de pele que teimava em não desaparecer, mesmo com tratamentos médicos, ouviu falar que nos centros espíritas, por vezes os espíritos curavam, quando podiam, e que algumas pessoas levavam garrafas de água que eram magnetizadas pelos espíritos, e que posteriormente as pessoas bebendo dessa água, ficariam curadas das suas maleitas.Nesse sentido, a mãe dessa pessoa resolveu apelar para o auxílio espiritual, pois nada tinha a perder. Além disso, era gratuito, portanto não custava tentar. Levou uma garrafa de água com o seu nome, e no fim da reunião de esclarecimento espírita, trouxe-a para casa, colocando todos os dias um pouco de água (”tratada” pelos espíritos) sobre a pele que teimava em não se curar da sua mazela. Passadas duas semanas, o problema de pele acabou por se resolver, ficando a pessoa convencida da intervenção do mundo espiritual sobre aquela água, mesmo sem perceber muito bem como isso se teria passado.


O observador menos atento certamente dirá que a pessoa em pauta foi vítima do efeito de placebo, isto é, acreditando no hipotético tratamento dos espíritos, a sua mente teria gerado mecanismos de auto-cura, sendo esta apenas do foro psicológico.Há uns anos atrás, assistindo a um seminário do mundialmente conhecido Divaldo Pereira Franco (espírita, conferencista, médium, Doutor Honoris Causa por várias universidades e um cidadão do mundo respeitado pela sua obra em prol da paz, a nível mundial), num dos intervalos ele dizia-me que uma entidade espiritual lhe dizia para que eu lhe levasse uma garrafa de água para magnetizar em meu benefício, na sequência de algum problema físico que eu tinha. Timidamente, fui comprar duas garrafas de água ao bar ali ao lado, entregando-lhe. Passado algum tempo, ele devolveu-mas, esclarecendo que quando a água estivesse a meio da garrafa, deveria encher a mesma com água do mesmo teor, devendo beber todos os dias um pouco dessa água. Qual não foi o meu espanto, quando ao beber a referida água, à noite, verifiquei que a mesma cheirava e sabia a rosas, fruto de um fenómeno de efeitos físicos protagonizado por esse médium e espírita. De realçar que o cheio e sabor a rosas se manteve durante cerca de 4 meses, apesar da garrafa estar a ser sempre atestada com nova água.A água, tratada pelos espíritos, sofre uma alteração na sua estrutura molecular, facto este comprovado em laboratório.
Mais tarde, estudando sobre o assunto, em várias pesquisas efectuadas, num artigo do Engº Hernâni Guimarães Andrade sobre «Água Fluida», este referiu que um cientista, o Dr. Edward Brame, teria constatado que a água magnetizada por curadores psíquicos, registava uma alteração na sua estrutura molecular que se mantinha cerca de 4 meses. Não podia deixar de ficar estupefacto, pois tais experiências em laboratório estavam em perfeita sintonia com uma vivência por mim experimentada.Bernard Grad, bioquímico canadiano, fez igualmente experiências com curadores psíquicos, demonstrando em laboratório que a acção do magnetismo humano interfere na estrutura molecular da água, alterando a sua tensão superficial e os ângulos das pontes de hidrogénio da molécula da água.Perante tais provas científicas, o efeito placebo perde todo o seu poder já que perante factos em laboratório, repetíveis, não há argumentos baseados em crenças pessoais.Quando lhes é permitido superiormente, os amigos espirituais podem interferir beneficamente na nossa vida, agindo no nosso corpo espiritual (perispírito) que assim modificado vai provocar uma alteração no nosso corpo físico.No final daquela festa de anos, ficámos a pensar na singeleza dos ensinamentos dos bons Espíritos, que de maneira despretensiosa nos trazem no nosso quotidiano, inúmeras provas das suas actividades junto de nós, alertando-nos para a imortalidade do Espírito, para que assim passemos também a ponderar sobre o assunto, melhorando-nos interiormente e melhorando também a sociedade, fazendo aquilo que Jesus de Nazaré preconizou há cerca de 2 mil anos: fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fizessem.

José Lucas
Bibliografia:
- Gerber, Richard – Medicina Vibracional- Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos- www.adeportugal.org- www.caldasrainha.net/lucas
http://www.jornaldascaldas.com

domingo, 6 de julho de 2008

"SÓ HOJE"...

DA CERTEZA DO AMOR DE DEUS...

Só temos a certeza do amor de Deus por nós , quando estamos experimentando alguma dificuldade . No entanto , o nosso caminho ficaria muito mais tranqüilo , se retribuíssemos a confiança que Deus tem por nós ,com a confiança em nosso(s)irmão(s) de caminhada . Se já compreendemos que todos nós somos feitos da essência de Deus , podemos então entender que quando confiamos no nosso irmão , estamos confiando em Deus. Penso que é importante que essa confiança seja uma conquista compartilhada em cada situação que vivemos . Na nossa casa , nas nossas relações mais íntimas , é fundamental que essa confiança seja traduzida em cumplicidade . Com os nossos amigos , a confiança pode ser identificada como parceria . No trabalho , podemos identificá-la com o respeito . Mas , se estivermos disponíveis para a vida , poderemos , com certeza , com alguma dificuldade no início , mas aos poucos mais confiantes , encontrar o Nosso Pai nas situações mais simples . Na medida da nossa disponibilidade , estaremos reconhecendo em nós e depois no(s) nosso(s) irmão(s) , a essência de Deus. É , sem dúvida , tarefa para toda a eternidade reestabelecer essa ligação com o Divino que existe em nós . Aceitar isso é o primeiro passo . Mas ,podemos começar , tentando , só por hoje, a nossa experiência compartilhada de confiança . Vamos fazer o nosso melhor ,e sem preocupação ,a cada dia , poderemos caminhar mais, mais para a frente, mais.... Só por hoje...

domingo, 29 de junho de 2008

SOBRE OS COBERTORES QUE NASCEM EM ÁRVORES...

SOBRE A VIDA E A DETERMINAÇÃO DE VIVER...

As vezes somos pegos em situações de extrema prova e grande dificulldade . E , invariavelmente a nossa primeira reação é de culparmos Deus e todos os que nos cercam pela nossa situação . Criamos muita desarmonia , insatisfação e até desespero para as nossas vidas . E assim transformamos os nossos dias em grandes momentos de insatisfação e luta inglória....
Mas se quisermos , podemos pensar e agir de maneira diferente . Podemos transformar dificuldade em oportunidade . Podemos modificar uma prova e chamá-la de aprendizado .
Se quisermos , poderemos ver que Deus , apesar da nossa infidelidade , está sempre conosco , fazendo sempre o melhor para cada un de nós . Basta que prestemos mais atenção na nossa condição . Nesta semana , numa atividade que precisei fazer na rua , pelo trabalho , estava distraído esperando um ônibus na Avenida Presidente Vargas e , quando dei por mim , vi um cobertor plantado todo enroladinho e escondido numa árvore . Achei muito estranho e , as poucos fui me dando conta que aquele cobertor deveria ser de um morador de rua que não tendo um armário para guardá-lo , não teve outra opção e ,com o que tinha , escondeu-o para a próxima noite . Este curioso episódio , que tem muitas situações de dificuldade e prova está me servindo para ratificar o que já venho aprendendo há algum tempo sobre as diversas possibilidades que temos para superar uma(s) dificuldade(s) e tranformá-la(s) em oportunidade(s). É claro que não é muito fácil ter que dormir na rua nem plantar o nosso cobertor na árvore . Mas , estou falando que sempre poderemos buscar uma solução , dentro das possibilidades que temos e , superarmos as nossas dificuldades , entendendo-as como oportunidades.
Vamos em frente...

sábado, 14 de junho de 2008

DEBATE CIÊNCIA X ESPIRITISMO

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES OPORTUNAS SOBRE A RELAÇÃO ESPIRITISMO-CIÊNCIA


Ademir L. Xavier Jr.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A nosso ver, têm ocorrido recentemente alguns abusos que se exteriorizam na forma de afirmações, que acreditamos um tanto descabidas, publicadas em diversos periódicos espíritas e obras diversas. Elas são todas concernentes ao contexto em que o Espiritismo pode ser (pretensamente) inserido no conjunto das ciências modernas. Tais abusos tentam, de uma maneira algo desesperada, não só estabelecer uma possível conexão entre o Espiritismo e as demais ciências ordinárias (principalmente a Biologia, Química e notadamente a Física) como também justificar a Doutrina Espírita diante de tais disciplinas. Nosso objetivo aqui é estabelecer as causas principais de tal movimento, apontando sua prescindibilidade e seu aspecto prejudicial ao Movimento Espírita.
O que move a tentativa acima mencionada de justificar a importância do Espiritismo via ciência, bem como sua possível interpretação científica diante de outras doutrinas científicas são, basicamente, a falta de compreensão do aspecto científico real do Espiritismo, a ignorância em relação ao verdadeiro significado da Ciência (como ela opera e se estabelece) e, de algum modo, um certo gosto por novidades, modernismos e fatos extraordinários.
O aspecto científico do Espiritismo anunciado por Kardec está, ao que parece, longe de ser compreendido em sua última expressão dentro do atual Movimento Espírita. Não compreendendo os ingredientes essenciais e suficientes que identificam uma doutrina como sendo genuinamente científica (ingredientes que o Espiritismo possui completamente), busca-se uma adequação da Doutrina Espírita dentro dos moldes do puro empirismo, ou de outra forma, lançando mão de argumentos em torno do indutivismo ingênuo. Há, de uma maneira ou de outra, um forte apelo ao senso comum. Para avaliarmos completamente o aspecto científico do Espiritismo é necessário o emprego da análise moderna da Filosofia, mais precisamente o ramo que estuda a teoria do conhecimento científico ou Epistemologia da Ciência. Não entraremos aqui nos detalhes dessa análise, aliás um tanto complexa, afirmamos apenas que tal estudo já pode ser encontrado, e indicamos ao leitor o lugar onde encontrá-lo (ver Chibeni 1988 e 1994).
Uma possível fonte de confusão entre a relação Espiritismo e as demais ciências é gerada, muitas vezes, pela falta de significado preciso para certas palavras. Os exemplos são muitos, um clássico é o da palavra energia. Há diversos significados ligados a essa palavra, e é necessário imenso cuidado em se especificar claramente tais significados. Na Física Clássica, por exemplo, ela designa uma qualidade inerente aos corpos materiais, que permanece latente até que certas condições sejam satisfeitas. Não é infreqüente o uso do termo energia por diversos autores espirituais, mas nesse caso, nenhuma tentativa de associação direta com o significado implicado pela Física pode ser inferido. Existem, entretanto, muitos autores (encarnados, é claro!) que parecem confundir, não poucas vezes, as duas acepções possíveis, sugerindo uma tradução da energia de que falam os Espíritos em termos da energia usada na Física, nossa velha conhecida.
De outras vezes, a precipitada justificativa científica do Espiritismo segue a freqüente moda de justificação científica feita em outras doutrinas, como por exemplo a Teosofia e doutrinas orientalistas (ver, por exemplo, Phillips 1980). Essa justificativa caracteriza-se por uma tentativa de inserção de certas idéias religiosas, na maioria das vezes de origem oriental, no contexto de recentíssimas descobertas ou modelos da Física contemporânea. É natural que haja pessoas que pensem ser necessário o mesmo procedimento com o Espiritismo. Não compreendem, entretanto, que a Doutrina Espírita já possui uma base científica própria, e que a natureza do fenômeno que ela estuda, bem como o estado atual de nosso conhecimento sobre a matéria não permitem uma conexão tão direta entre a Física, por exemplo, e o Espiritismo. Além disso, é necessário que se saiba que muitos dos modernos modelos da Física (como exemplo, o diversos modelos teóricos de interação entre partículas e campos no microcosmo) sofrem radicais revisões todos os dias. O Espiritismo, por sua vez, tem uma estrutura muito mais estável, porque repousa em fenômenos de caráter mais diretamente observável, sendo suas afirmações de muito maior confiança7. É certo que o Espiritismo guarda uma relação com as outras ciências, mas os fatos espíritas, por si sós, já asseguram uma especial independência de seu objeto de estudo com o das demais ciências materiais. Não obstante, essa independência foi muito bem identificada e analisada por Kardec em O que é o Espiritismo.
Dentro do Movimento Espírita, muitas vezes a anunciação de descobertas gerais das ciências materiais (como a Física, com seus novos modelos acerca do funcionamento do Universo) é feita, em geral, tendo por base obras de divulgação científica (ver Chagas 1995) que, a nosso ver, pecam por falta de precisão da discussão das idéias, sem contar com a dificuldade inerente de se expressarem conceitos altamente abstratos, muitas vezes (como, por exemplo, a unificação do espaço e do tempo em um contínuo quadri-dimensional, a dilatação do tempo, etc., da Teoria da Relatividade Restrita) em termos de uma linguagem mais acessível ao leigo. Isso implica, idealmente, a tentativa de fazer o não especialista compreender plenamente tais conceitos, tais quais são dentro da teoria em que estão inseridos. É bastante clara a impossibilidade de tal tentativa. Se desprezarmos os erros grosseiros de tradução que muitos textos de divulgação trazem, quando de origem estrangeira, concluímos que eles podem, no máximo, passar ao leitor não especialista uma idéia vaga de tais conceitos. Ora, assim sendo, uma importante questão seria: Que valor pode ter a tentativa de se relacionar conceitos e fundamentos das ciências ordinárias com fundamentos importas de Doutrina Espírita, quando tal intento é feito tão-só baseando-se em textos de propaganda científica? A precariedade de tradução, a dificuldade de expressão apropriada dos conceitos, bem como a transitoriedade das teorias que tais textos podem trazer são suficientes para termos uma idéias clara da resposta a essa questão.
Relacionada à dificuldade de entendimento do aspecto científico real do Espiritismo está a profunda falta de informação existente nos meios espíritas ( o que é, no nosso entender, bastante natural) e, por que não dizer, acadêmicos (o que já não parece tão natural assim), em torno do conceito de Ciência. Mais uma vez, um apelo à Epistemologia se faz necessário (ver Chibeni 1988 e 1994, Chalmers 1976). As implicações dessa ignorância são as eternas e mal fundamentadas críticas ao Espiritismo feitas por diversas escolas parapsicológicas e demais adeptos das denominadas "ciências psi" (Chibeni 1988). Esses rejeitam, explicitamente, a idéia do Espírito como causa envolvida em grande parte, se não em todos, dos posteriormente denominados "fenômenos paranormais". Assim agindo, queremos deixar claro ao leitor, tais escolas são levadas por uma idéia ultrapassada de Ciência, bem como por concepções obsoletas do método científico.

UM EXEMPLO

Um exemplo um tanto exagerado das confusões com relação às questões expostas anteriormente pode ser encontrado no artigo "Matéria e antimatéria" (Reformador, abril 1994). O autor inicia dizendo que "a ciência terrestre chama de matéria tudo o que tem energia e massa, é sólido (...) ou fluídico (...) e ocupa lugar no espaço e no tempo". Essa afirmação, de caráter geral, confere à matéria determinadas propriedades como, por exemplo, massa, mas não pode ser usada para caracterizar certos tipos de matéria no universo. O ponto crítico está onde é afirmado:
"É de antimatéria o plano vital em que se movem os Espíritos desencarnados."

E, mais abaixo:

"É pela diferença de sinalização de carga elétrica dos elementos que formam o 'plano invisível' que, em condições normais, não o percebemos fisicamente."
Em nenhum lugar dentro da bibliografia espírita, escrita por autores abalizados e de peso, podem ser encontradas ou sequer deduzidas tais afirmações. Muito ao contrário, das obras de Kardec tem-se claramente que o mundo espiritual constitui um universo paralelo, totalmente independente do material, tanto que, ainda que o mundo material perecesse, o espiritual continuaria existindo. Isso porque matéria e espírito são dois princípios independentes no universo com uma origem desconhecida. As questões 25, 26, 27, 84, 85 e 86 de O livro dos Espíritos, são suficientes para esclarecer quaisquer dúvidas. Vejamos, por exemplo, a questão 86:
"O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita?
-- Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos, porquanto um sobre o outro incessantemente reagem."
Por outro lado, o que a Física estabelece como certo com respeito à antimatéria torna absurdas as afirmações propostas acima relacionadas ao mundo espiritual. Conforme H. Alvén (1965), que foi ganhador do Prêmio Nobel em 1970, em "Propriedades da Antimatéria":
"A teoria de Dirac do elétron e a descoberta do pósitron criou a crença de que toda partícula possui sua correspondente antipartícula. Essa crença foi confirmada pela descoberta do antipróton. Todas as outras partículas parecem Ter também antipartículas. Disso se conclui que os "antiátomos" devem existir, e são semelhantes aos átomos ordinários, com núcleos formados de antiprótons e nêutrons envoltos por pósitrons. Tais antiátomos devem Ter as mesmas propriedades dos átomos ordinários. Eles devem formar compostos químicos similares aos compostos químicos ordinários, que emitem linhas espectrais a exatamente os mesmos comprimentos de onde dos átomos ordinários." (Grifo nosso.)

Assim sendo, as propriedades da antimatéria são as mesmas da matéria ordinária, ou, em outros termos, antimatéria é o nome dado a um tipo especial da matéria! Por outro lado, a existência da antimatéria foi confirmada experimentalmente 10, assim como a impossibilidade de coexistência simultânea de matéria e antimatéria. Essa é, também, a causa da inexistência natural de antimatéria em nosso mundo. Está claro, entretanto, que de nenhum lugar, nem do atual conhecimento da Física, nem da Doutrina Espírita, semelhantes afirmações podem ser inferidas.


A NÃO NECESSIDADE E OS PERIGOS


Do que foi exposto, é bastante óbvio que as tentativas de inserção do Espiritismo no contexto das modernas teorias científicas, bem como sua justificação diante da academia estabelecida, o que visa um tanto à sua valorização, são totalmente desnecessárias. De fato, elas são desnecessárias porque, tendo como objetivo de estudo algo que não se identifica como sendo a matéria ordinária, o Espiritismo consegue suficiente independência com relação às demais doutrinas científicas que estudam a matéria, para caracterizar-se como um ramo independente de conhecimento. Não só por isso, pelo caráter harmônico com que os princípios espíritas interagem entre si, fruto de sua boa fundamentação, pela maneira com que estão estabelecidos tais princípios e por suas bases experimentais, pode-se considerar a Doutrina Espírita como uma teoria genuinamente científica no sentido epistemológico moderno. Essa doutrina tem como objetivo o estudo do elemento espiritual, e não se confunde de nenhuma maneira com as demais ciências, embora guarde alguma relação com elas. Lembramos, também, que Allan Kardec jamais se atreveu a tentar interpretar os novos conceitos que descobriu de acordo com os conhecimentos científicos de sua época. Se o tivesse feito, não sabemos quais teriam sido as conseqüências, desastrosas com certeza, ao posterior desenvolvimento e expansão da Doutrina Espírita.
Os prejuízos de uma campanha indiscriminada que visa a ressaltar ou inferir precipitadamente semelhante relação podem ser facilmente previstos. Tais prejuízos podem não ser grandes para aqueles que já possuem um conhecimento considerável do corpo doutrinário espírita, mas o que dizer dos iniciante? Quantas confusões totalmente desnecessárias podem ser evitadas nas mente dos principiantes em Espiritismo se certas afirmações simplesmente não forem feitas? Acreditamos não serem poucas.
O verdadeiro trabalho espírita está no aprimoramento do espírito humano em sua bagagem moral, na sublimação dos instintos humanos, vertendo-os em valores divinos, em suma, no progresso moral do mundo. Para isso, sim, o estudo acurado e cauteloso é imprescindível. Também por isso, experimentações científicas detalhadas no campo espírita só podem ser feitas com a expressa colaboração do Plano Espiritual superior que, para isso, exige uma definitiva demonstração desses valores divinos em nós. (Ver No Mundo Maior, de André Luiz, p. 31.)


REFERÊNCIAS

1. Chibeni, S. S. "A excelência metodológica do Espiritismo", Reformador, novembro de 1988, pp. 328-333, e dezembro de 1988, pp. 373-378.
2. Chibeni, S. S. "O paradigma espírita", Reformador, junho de 1994, pp. 176-80.
3. Phillips, S. M. Extra-Sensory perception of Quarks, Wheaton, Illinois, Theosophical Publishing House, 1980.
4. Kardec, A. O que é o Espiritismo, 36a ed., FEB.
5. ------. O livro dos Espíritos, 75a ed. FEB.
6. Chagas, A. P. "A Ciência confirma o Espiritismo?" Reformador, jul. 1995.
7. Chalmers, A. F. What is this thing called science? St. Lucia, University of Queensland Press, 1976.
8. "Matéria e antimatéria", Reformador, abr. 1994.
9. Alvén, H. "Antimatter and the Development of the Metagalaxy", Rev. Modern Phys., vol. 37, p. 652, 1965.
10. André Luiz, No Mundo Maior (psic. F. C. Xavier), 19a ed., FEB.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

CIÊNCIA , DIREITO E RELIGIÃO

Ciência penal, criminalidade e doutrina espírita

Cândido Furtado Maia Neto [08/06/2008]



Na Epístola dos Hebreus (5-11), encontramos o que se chama de indolência nas coisas espirituais, o conhecimento necessário para melhor compreder as ciências e o próprio direito penal, vejamos a citação “ipis literis”, abaixo:

“Teriamos muita coisa a dizer sobre isso, e coisas bem difícieis de explicar, dada a vossa lentidão em compreender... A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornates tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido! Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas, o alimento sólido é para os adultos, para aquêles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal”.

Continuamos a nos preocupar com a violência, com a criminalidade, com a delinqüência, onde campanhas contra o uso de armas de fogo, de violências no trânsito, uso e tráfico de drogas, prostituição de menores e de mulheres, enfim tudo face acontecimentos sociais envolucrados ao materialismo, capitalismo, sonhos de consumo inócuos e efêmeros, que não levam a evolução moral dos seres humanos. Países ou Nações disputando espaços territoriais, peleando por filosofias religiosas, promovendo espionagens industriais e bélicas, dentre tantas outras atividades desnecessárias que resultam em discórdias e na falta de Paz à Humanidade.

A violência gera o egoísmo e vice-versa, portanto, antônimo de caridade. Também o amor se contradiz ao ódio, a humildade repele o egoísmo, a inveja e a gância chocam-se com a humildade. Estas são as quatro palavras-chaves da filosofia espírita, unidas ao trabalho, solidariedade e tolerância, objetivo do nascer (ser), progredir e morrer (renascer), esta é a verdadeira lei.

As crianças nascem e logo se criam brigando entre si, brincando com armas de fogo, vivem nas desavenças familiares, ficam longe das escolas e das tarefas diárias lícitas, andam perambulando pelas ruas, convivem com atormentados pelo vício, pelas práticas delituosas, participam então em co-autoria, dos defeitos e das carências morais dos mais velhos.

Evidentemente que a violência se apresenta em várias fases, como o analfabetismo, a falta de assistência à saúde, social, as precaríssimas condições de vida, de transporte público, o desemprego e o salário indígno, são indubitavelmente fatos e causas agudas da criminalidade; porém devemos ressaltar com preeminência que a maior causa da delinqüência é a inobservância do homem frente às Leis de Deus.

A filosofia espírita tem por base a imortalidade da alma e a comunicação com o mundo invisível (espiritual), do homem encarnado com os espíritos (desencarnados) por intermédio dos médiuns, que tem por objetivo a elevação das leis morais da humanidade. Tanto a teoria como a prática do Espiritismo somente produz ou reproduz a bondade máxima, tendo como base teórica, dentre outras, as obras literárias de Allan Kardec codificador da doutrina espírita; a saber: “O Livro dos Espíritos” (18 de abril de 1857); “O Livro dos Médiuns” (1861); “O Evangelho segundo o espiritismo” (1864); “O Céu e o Inferno” (1865) e “A Gênese” (1868). Os cinco princípios básicos do Espiritismo são: 1 - Existência de Deus; 2 - Reencarnação, imortalidade da alma; 3 - Comunicação com os Mortos; 4 - Livre-arbítrio humano, lei da causa e efeito ou teoria do carma; 5- Salvação pela Caridade, amor ao próximo.
Allan Kardec é o pseudônimo adotado por Denizard Hippolyte Léon Rivail, nasceu em 3 de outubro de 1804, e desencarnou em 31 de março de 1869, pedagogo francês, disciplo do mestre Henrih Pestalozzi. Fundou a primeira sociedade espírita em Paris, com o nome: “Societé Parisenne des Études Spirites”, em 1º de abril de 1858, no mesmo ano edita a Revista Espírita.

Conta a história que no ano de 1816, a igreja católica através do bispo de Barcelona-Espanha, ordena a queima de todos os escritos de Allan Kardec, referentes a doutrina espírita. Passando a fazer parte do denominado “index” dos livros proibidos e catalogados pela Inquisição. Naquela época a religião católica pretendia a egemônia e a superioridade de sua doutrina, inclusive o comando do poder governamental, onde os reis não católicos eram “ex-comungados”.

Os que duvidam e não creêm no espiritismo, definitivamente não estudaram a máteria.

A última e terceira revelação cristã é a codificação do Espiritismo através do “O livro dos Espíritos”, a primeira revelação começa com Moises 10 Mandamentos -, e a segunda revelação cristã é a própria aparição carnal de Jesus Cristo.

Diante destas três revelações vamos tratar de um assunto muito complexo, as causas da criminalidade à luz da doutrina e filosofia espírita-crsitã, tema empolgante que merece muita atenção dos estudiosos, em especial dos profissionais das ciências jurídicas e da área de segurança pública.

O Dr. Miguel Timponi, advogado, nos idos de 1944, escreveu sua obra “A Psicografia ente os Tribunais” (ed. FEB, Rio de Janeiro, 5.a ed., 1978), como diz o autor, no tríplice aspecto: jurídico, científico e literário, onde conta sobre um litígio que envolve a Federação Espírita Brasileira e o médium Francisco Cândido Xavier, em face de ter este último psicografado crônicas “Além-Túmulo” do inesquecível escritor Humberto de Campos; onde o desembargador J. Flósculo da Nóbrega, confessa, no acórdão, não ter dúvida sobre a autenticidade das obras psicografadas.

Também o prof. dr. Fernando Ortiz, catedrático da Facultad de Derecho de la Universidad de Habana/Cuba, em estudo reconhecido fez profunda análise comparativa entre as teorias das Escolas Penais e Criminológicas com os princípios da Doutrina Espírita, sobre a pena capital. O Espiritismo e a doutrina penal democrática e moderna é totalmente contrária a pena de morte, é de se salientar também a obra “Pena de Morte e Crimes Hediondos: À Luz do Espiritismo, de Eliseu F. Mota Jr., promotor de justiça (ed. Casa Editora O Clarim; Matão-SP, 1995). Citamos o livro “O Código Penals dos Espíritos”, de José Lázro Borbeg (ed. EME, Cpivari-SP, 2007), cujo prefácio é de autoria do eminente desembragador e professor dr. Clayton Reis, do Tribunal de Justiça do Paraná.

Justiça, ciência e amor, são palavras que compõem o tripé da existência humana, cujos seus antônimos: injustiça, ignorância e ódio, contradizem com os princípios do desenvolvimento moral e social da humanidade. Nesse sentido recomendamos a leitura do livro “Justiça e Amor” de J. Raul Teixeira, psicografada pelo espírito Camilo (ed. Fráter, Niterói, 1997).

Muitos profissionais do direito e juristas, estão na atualidade difundindo o assunto aos mais diversos segmentos da sociedade, visto que interessa a todos e não somente a comunidade jurídica. O Brasil já se converteu na maior nação espírita do mundo, com milhões de adeptos do kardecismo

O Espiritismo e as causas da criminalidade está sendo estudado por várias autoridades públicas, podemos citar, por exemplo, no Estado do Paraná, “o delegado-chefe da Delegacia de Investigação Criminal da Polícia Civil do Paraná, João Alberto Fiorini, realiza há vários anos pesquisas para comprovar a veracidade das impressões digitais. Especialista no estudo de impressões digitais, Fiorini, assim que soube de um caso comprovado de reencarnação em Recife, Pernambuco, resolveu usar o método comparativo, único na comunidade científica mundial para estabelecer a relação entre vidas passadas através de impressões digitais. Ele reconhece que o prazo máximo para pesquisar os sinais das mãos é de cem anos após a desencarnação de uma pessoa” (Jornal Espírita Maio de 2002 - Órgão da Federação Espírita do Estado de São Paulo); o dr. Altino Remi Gubert, ex-delegado de polícia da região oeste paranaense, também é um grande estudioso, pesquisador e praticante do espiritismo; bem como outros advogados, promotores de Justiça e juízes de Direito.

Note-se que grande mestres e especialistas da doutrina penal ou das causas da criminalidade, de reconhecimento acadêmico-profissional a nível nacional e internacional, fizeram no passado, com extrema coragem sérios estudos sobre a delinqüência ou temas de direito criminal em geral, sendo necessário, ao nosso ver, no presente e futuro estimular ainda mais a curiosidade sobre as respostas de questões controvertidas ou de difícil resolução pelas ciências jurídico-penais-criminológicas, a fim de proporcionarmos outras discussões e teses para o desenvolvimento mais adequado das leis e práticas de Justiça Terrena.

A realidade terrena e a verdade do além faz parte da Justiça Divina em base a doutrina espírita-cristã. Todos serão julgados pelos seus atos, segundo os critérios da Justiça Divina, independentemente, do julgamento ou da reprimenda prolatada pelo Poder Judiciário. Para a Justiça Divina no existe o que se convencionou através do brocardo jurídico latim “non bis in idem”. Primeiro e sempre a Justiça Natural, o direito inderrogável de Deus, universalmente soberano e aplicado sem qualquer distinção ou discriminação, sem impunidade, imunidades ou injustiças, de acordo com o que regem as leis da moral e da responsabilidade social de cada ser humano, independentemente e somente depois o Direito Penal.

Deve-se entender por lei natural, segundo a filosofia Espírita. “É a lei de Deus, única e verdadeira para a felicidade do homem. E somente existe a infelicidade quando a o desrespeito a lei natural, eterna e imutável.

Os homens de bem e com maior evolução espiritual compreendem melhor e com mais facilidade a Lei de Deus, porém todos, um dia, após o forçoso progresso moral irão compreendê-la também, tudo vem ao seu tempo, pouco a pouco, o homem deve habituar-se a verdade, como a luz.

A princípio, segundo a história da humanidade, o direito não era codificado, as leis provinham dos costumes sociais e das ordens dos soberanos ou daquele que detinha o poder social de mando, sobre a maioria dos homens. Assim era no Código de Hamurabi, de aproximadamente 2000 anos antes de Cristo, e em outra legislação criada pelo Rei-Ur-Namu, 300 anos anterior, que influenciara o próprio Código de Hamurabi.

Sempre existiram regras de conduta, o chamado direito consuetudinário, elaboradas e impostas pelos homens. E desde que o mundo é mundo, prevalecem as normas espíritas. A doutrina espírita somente foi codificada em 18 de abril de 1857, sendo lançada a primeira edição em Paris. Codificar é reunir em código, produzir um código, compliar mensagens originais, sinais, etc., relativos a doutrina espírita.

A obra “Crminalidade, Doutrina Penal e Filosofia Espírita” (MAIA NETO, Cândido Furtado, e LENCCHOFF, Carlos; ed. Lake-SP, 2004), destina-se aos estudantes da verdade, não só aos penalistas ou criminalistas, todos que buscam interpretar e intender corretamente a Justiça Divina com relação a Justiça dos Homens, em base a sabedoria universal que transcendem os ensinamentos mais avançados de qualquer Universidade da Terra.

A evolução espitirual dependem de profundo conhecimento e da intenção de cada um em observar os mandamentos superiores, assim, aqueles que o profetizam e difundem graduam-se e pós-graduam-se na Universidade Maior de Deus, estudam os princípios da Vida e do Amor, em benefício da sociedade, educando-se e educando a humanidade, intensivamente.

Nesse sentido, afirma-se que a ciência é o conhecimento de um assunto comprovado através de métodos e experiências próprias, cujo objeto possui um fim devidamente demonstrado.

Citamos então as ciências humanas, morais e normativas, que estudam o comportamento do homem individual e coletivamente, seus pensamentos e atos (livre arbítrio), no contexto do ser humano, onde a moral pública e particular estabelecem normas de conduta.

Já as ciências penais definem ilícitos, formas e métodos de processos e procedimentos (direito processual penal e direito penitenciário ou de execução penal), na tentativa de prevenir a criminalidade e reprimir através de sanções cominadas aos atos considerados crimes, objetivando penalizar e reitegrar socialmente o condenado.

As ciências são demonstradas através de seus métodos, teorias e experiências. Deus se comprova pela força da fé, da criação do universo, pelo amor e por todas as coisas existentes no mundo animal, vegetal e mineral que estão a nossa volta.

“O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e , por isso, relegados para o domínio do fantástico e do maravolhoso.”É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil”.

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral...a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso” (O Evangelho segundo o espiritismo; Allan Kardec; ed. FEB, Bsb, 1989, pg. 59/60, Cap. I).

O direito penal aplicado (via justiça criminal) não tem, até os dias atuais, em todo mundo, demonstrado eficiência, e lastimávelmenete, em muitos, seus dogmas e métodos tem agredido a diginidade da pessoa humana, desconfigurando o Estado de Direito, atentando contra a segurança jurídica e contra as garantias fundamentais da cidadania, produzindo efeitos negativos, através da estigmatização social e indvidual. O direito penal é discriminatório por natureza, eminentemente repressivo e retributivo de maneira desproporcional; portanto, injusto.

Seus mitos ou ficções geram a criminalidade, a reincidência e proibem a reedução social dos condenados, não olha para o futuro, não se vislumbra nada de positivo com a aplicação da lei penal, não reeduca, não ressarce e nem indeniza as vítimas de delitos, uma verdadeira estátua de pedra do sistema, sem poder algum, sem voz, sua opinião ou desejo nada vale, o Estado rouba demagógica e cínicamente o conflito em nome do princípio da legalidade e da obrigatoriedade da ação penal, sem apresenta uma solução concreta ao titular do bem jurídico lesado (vítima).

Diante do exposto, é de se ressaltar que a Justiça Penal encontra-se deficitária, necessita mudar. Somente produzirá câmbios positivos no momento em que os seus interlocutores e os profissionais do direito compreenderem que a culpa e a responsabilidade jurídica-penal tem como causa e efeito o sentimento individual, o erro e a intenção devidamente reconhecidos, ante si próprio e as leis naturais (Divinas).

A lei da causa e efeito, ação e reação, o amor e respeito ao próximo, compreendida e aceita, indibutavelmente, reduzirá os índices da criminalidade (os atos sociais indesejáveis) e a sanção, por sua vez produzirá efeito comunitário apropriado.

O direito penal e a doutrina espírita (os ensinamentos de Deus) existem desde o início da humanidade, caminham lado a lado, não se misturam, porque não podem se misturar, mas devem mutuamente seguir para a evolução devida.

Alguns dogmas penais encontram-se ultrapassados, já os dogmas da doutrina espírita cada vez mais presentes, aclarando assim as áureas, iluminando o pensamento direcionado para o bem do próximo.

As teorias penais, muitas delas, não satisfazem a razão, porque o direito penal não dá conta de demonstrar, com respostas positivas, o que pretende, são desmentidos e mais desmentidos. Razão pela qual tem aumentado o descrédito popular pela Justiça Penal, onde seus protagonista (advogados, promotor de justiça, juízes de Direito...) pretendem através de um discurso falso e incobridor da verdade, garantir suas próprias existências traduzidas pela ganância de poder (de julgar, de acusar ou de encarcerar), onde tentam convencer o homem mais simples e humilde e não conseguem.

Não será com a aplicação de uma pena imposta pela justiça dos homens, que alguém irá se redimir de suas faltas ou erros, mas somente com a compreensão e o estudo dos dogmas espírita-critão, através da responsabilização espiritual, do arrependimento, da expiação e da reparação.

Comparativamente podemos dizer: quanto mais repressão e punição da justiça dos homens maior será o número de delitos e crimes; e quanto mais compaixão, perdão, amor e respeito ao próximo menos ilícitos e mais paz social na Terra.

Cândido Furtado Maia Neto é professor Pesquisador e de pós-graduação (especialização e mestrado). Associado ao Conselho Nac. de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (Conpedi). Pós doutor em Direito. Mestre em Ciências Penais e Criminológicas. Expert em Direitos Humanos (consultor Internacional das Nações Unidas Missão Minugua 1995-96). Promotor de Justiça de Foz do Iguaçu-PR. Do Movimento Nacional Ministério Público Democrático (MPD). Secretário de Justiça e Segurança Pública do Ministério da Justiça (1989/90). Assessor do procurador-geral de Justiça do Estado do Paraná, na área criminal (1992/93). Membro da Association Internacionale de Droit Pénal (AIDP). Autor de vários trabalhos jurídicos publicados no Brasil e no exterior.
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