quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

DA SÉRIE ANDRE LUIZ

Do Livro "Mecanismos da Mediunidade"
NOTA: É MUITO INTERESSANTE ATENTAR SEMPRE PARA A NOSSA RESPONSABILIDADE E DISCIPLINA, SEMPRE!!!!!!!
Do Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

Efeitos Físicos (II)

DIFICULDADES DO INTERCÂMBIO — Não podemos esquecer que o campo de oscilações mentais do médium — envoltório natural e irremovível que lhe pulsa do espírito — é o filtro de todas as operações nos fenômenos físicos.
Incorporam-se-Ihe ao dinamismo psíquico os contingentes ectoplásmicos dos assistentes, aliados a recursos outros da Natureza; mas, ainda aí, os elementos essenciais pertencem ao médium que, consciente ou inconscientemente, pode interferir nas manifestações.
A exteriorização dos princípios anímicos nada tem a ver, em absoluto, com o aperfeiçoamento moral.
Cumpre destacar, assim, as dificuldades para a manutenção de largo intercâmbio dilatado e seguro, nesse terreno.
Basta leve modificação de propósito na personalidade medianimica seja em matéria de interesse econômico ou de conduta afetiva, para que se lhe alterem os raios mentais. Verificada semelhante metamorfose, esboçam-se-lhe, na aura ou fulcro energético, formas-pensamentos, por vezes em completo desacordo com o programa traçado no Plano Superior, ao mesmo tempo que perigos consideráveis assomam na esfera do serviço a fazer, de vez que a transformação das ondas mediúnicas imprime novo rumo à força exteriorizada, que, desse modo, em certas ocasiões, pode ser manuseada por entidades desencarnadas, positivamente inferiores, famintas de sensações do campo físico.
Em tais sucessos, perturbações variadas podem ocorrer, desencorajando experiências magnificamente encetadas.

MÉDIUM E ASSISTENTES — Todavia, é imperioso anotar que não somente o fulcro mental do médium intervém nas atividades em grupo.
Cada assistente aí comparece com as oscilações que lhe são peculiares, tangenciando a esfera mediúnica em ação, e, se os pensamentos com que interfere nesse campo diferem dos objetivos traçados, com facilidade se erige, igualmente, em fator alternante, por insinuar-se, de modo indesejável, nos agentes de composição da obra esperada, impondo desequilíbrio ao conjunto, qual acontece ao instrumento desafinado numa orquestra comum.
Disso decorrem os embaraços graves para o continuísmo eficiente dos agrupamentos que se formam, na Terra, para as chamadas tarefas de materialização.
Se as entidades espirituais sensatas e nobres estão dependentes da faixa de ondas mentais do médium, para a condução correta das forças ectoplasmáticas dele exteriorizadas, o médium depende também da influência elevada dos circunstantes, para sustentar-se na harmonia ideal.
É por isso que, se o medianeiro tem o espírito parcialmente desviado da meta a ser atingida, sem dificuldade se rende, invigilante, às solicitações dos acompanhantes encarnados, quase sempre imperfeitamente habilitados para os cometimentos em vista, surgindo, então, as fraudes inconscientes, ao lado de perturbações outras de que se queixam, aliás inconsideradamente, os metapsiquistas, pois lidando com agentes mentais, longe ainda de serem classificados e catalogados em sua natureza, não podem aguardar equações imediatas como se lidassem com simples números.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SÉRIE " O CLARIM "

O ESPÍRITA E A CARIDADE


O espírita estudioso sabe que toda a moral de Jesus está consubstanciada na caridade e na humildade: caridade, que é o contraponto do egoísmo, e humildade, que representa o contraponto do orgulho.
Não há quem não anseie pela felicidade. Entretanto, ela jamais será alcançada sem a presença dessas duas virtudes. Isso porque a felicidade é um estado de espírito e tem a ver com o equilíbrio da mente e do coração, neste mundo e no outro.
Ninguém tem, efetivamente, essa paz de espírito se a consciência lhe cobra ter sido, no relacionamento com o próximo, maquiavélico, falso, dissimulado, insincero, antifraterno.Essa paz interior, entretanto, brota, quando o sentimento de solidariedade, de fraternidade, de amor, é exercitado, de inúmeras maneiras:A paciência com o próximo mais próximo;O amparo à criança e ao idoso;A assistência ao enfermo e ao recluso, e assim por diante.
Cada um tem a sua programação reencarnatória e nela diversas formas de praticar a caridade e a humildade.
Salvar-se, no entendimento espírita, significa bem aproveitar essas oportunidades, saindo-se vencedor nessa programação.Representa caridade e humildade calar-se diante da ofensa e perdoar.
Quem assim age está indo contra o egoísmo e o orgulho.E não é somente com relação ao próximo, mas também em relação a Deus.Quem ama o próximo está amando ao Criador. Quem revolta-se diante do próximo está se revoltando diante do Pai Maior: é como se dissesse, murmurando, “Deus é injusto colocando no meu caminho pessoa ou pessoas que me servem de prova, testando-me continuamente.”
Não se podendo amar verdadeiramente a Deus sem a prática efetiva da caridade em relação ao próximo, a garantia do progresso espiritual e moral reside no seu exercício.
Às vezes ouve-se questionamentos sobre se a filantropia seria caridade ou não.
A filantropia, por definição, significa amor à humildade.Assim sendo, se é caridade o amor ao próximo, é caridade também o amor à humildade (Jesus nos ama, a todos).
Como se sabe sobejamente, pelos ensinamentos espíritas, a caridade pode ser espiritual e/ou material e isso se aplica tanto a uma pessoa em particular como a um grupo maior ou menor de pessoas.
Na programação reencarnatória de todos está presente tanto uma como outra forma de caridade, desde a vida em família como a vida em sociedade.
O que varia de um para outro indivíduo é a particularidade da tarefa, seja em função de prova, de reparação, ou de ambos.No estágio evolutivo em que nos encontramos, ninguém se considerará missionário, no sentido religioso da palavra. Entretanto, quedar indiferente em relação às necessidades do próximo, se se pode de alguma forma ajudar, representa culposa omissão, da qual um dia se haverá de prestar contas.
A Doutrina Espírita, com o seu tríplice e indispensável aspecto, enfatizando a prática da caridade como condição para o desenvolvimento espiritual e moral, mostra o caminho a ser seguido pelos que já a compreendem.
Quanto mais estudo mais é sentida a necessidade da prática da caridade; quanto mais a caridade é praticada mais profundamente é sentido o efeito dessa causa em termos de bem estar espiritual.
Pela análise da essência da mensagem espírita, constata-se que o Espiritismo representa o Consolador, a reviscência do Cristianismo na sua pureza dos primeiros tempos cristãos. Ser espírita verdadeiro e buscar ser verdadeiro cristão.
FONTE: http://www.oclarim.com.br