domingo, 14 de julho de 2013

TUDO TEM O TEMPO CERTO....

Tudo tem o tempo certo
Diário da Manhã Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta Ninguém está imune ao acerto de contas com a vida. Basta o ser humano estar vivo para ficar sujeito a ondas de melancolia que o envolvem em inesperadas vagas de tristeza, a projetar-lhe o coração na praia do desânimo. Acontece quando o Espírito anseia por libertar-se e sente-se preso ao corpo que o retém. No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 25, François de Genève refere-se aos esforços frustrados que, na tentativa de liberdade, o ser espiritual realiza em vão, deixando o corpo físico desanimado, abatido e infeliz. Aconselha-nos a resistir, vigorosamente, a essas impressões que enfraquecem a vontade. Significa forte desejo por alcançar uma vida melhor. É fácil para o cristão que acredita na vida futura, ansiar pelo rompimento dos liames que lhe mantém cativo o Espírito, mas essa liberdade se encontra vinculada ao cumprimento de deveres e obrigações assumidos. Quando negligenciados chegam a adoecer o corpo físico que reconhece inúteis os esforços por alcançar uma vida melhor, que ainda não lhe é permitido desfrutar. Se insiste, sobrevém a culpa. Deveres negligenciados são fontes de culpa que é um colapso da consciência. Reservatório de intempéries no campo interno, propicia que forças sombrias se insinuem nos domínios da vida. O culpado é aquele que se envolve em falsos movimentos da alma. Troca a responsabilidade pela insanidade e se afasta da harmonia da criação. Distancia-se do que é belo, nobre e bom. Envolve-se em nesgas de sombra e se descontrola ante as facilidades entorpecentes e fantasiosas das ilusões. Quando surgem as decepções, como antídoto para os excessos esposados, vê-se entregue aos frutos de seus desatinos. Incapaz de gerir os próprios desajustes, clama por piedade. Este é o instante da transformação para o qual a misericórdia não nega nova chance. É assim que retornamos ao plano físico em nova oportunidade de refazimento. As responsabilidades esquecidas reaparecem na forma de mais deveres, problemas, situações e interrelações que não podemos descartar. Sempre que deixamos de cumprir as propostas do projeto reencarnatório, criamos pendências. Serão sempre obrigações à espera de realizações. Será necessário desempenhar funções, cumprir responsabilidades assumidas, realizar missões. Seja em relação à família ou ao cumprimento de diversas obrigações que Deus nos confia. São despejados sobre nós os cuidados, as inquietações, para que tenhamos força e coragem de levá-los a bom termo. Antes de quaisquer benefícios, urge cumprir obrigações. Há enorme leque de disponibilidade de serviço. Seja no campo da saúde, política, magistratura, religiosidade, filantropia, administração, entretenimento, mídia, comércio, indústria, relações exteriores, magistério, cuidados agropecuários, prestação de serviço. Demandas imperativas que surgem no âmbito mais simples, ou mais graduado, da experiência planetária. A submissão à lei que rege o progresso do universo, dos mundos e dos seres é uma realidade incontestável. Servir, é palavra de ordem. Ninguém está isento de cumprir-lhe as determinações. Poderemos até deixar para depois o que nos compete fazer, mas jamais burlaremos o ritmo dos acontecimentos programados pelo Plano Superior. Desanimar-se perante as exigências não é a melhor saída. Entregar-se à menor valia não altera o compromisso com o crescimento individual e intransferível. Tudo tem o tempo certo. (Elzi Nascimento, psicóloga clínica e escritora. Elzita Melo Quinta, pedagoga, especialista em Educação e escritora. Elas escrevem no DM às sextas-feiras e aos domingos)

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