sábado, 3 de dezembro de 2011

SOBRE ISABEL DE ARAGÃO...

Isabel de Aragão
Giseti Marques



Em tempos difíceis nasce uma linda menina que traz em seu programa de vida uma dura e importante missão – apaziguar corações sedentos de sangue e mostrar-lhes o verdadeiro poder. Com o árduo peso que uma coroa enverga a um homem, Isabel de Aragão, desde muito cedo se coloca à disposição de Jesus e inicia sua longa tarefa de renúncia, fé, caridade e muito amor.

(*)“... – Julgo-me forte, papai, achando-me ligada à vontade absoluta de Deus! – exclama a amenina, a fixar o genitor com os seus olhinhos redondos e azuis-claros, como o céu primaveril... – Creio na incomensurável força que tem a bondade, aliada à fé verdadeira, que se fundamenta na prática da caridade e no perdão das ofensas...”

Saragoça. Século XIII, ano de 1271. Criada pelo seu avô, Jaime I, rei de Aragão, Isabel recebeu uma educação diferenciada para as mulheres da época. Alfabetizada, recebera do avô, conhecido como o conquistador, atenção especial no ensino na arte de governar. Falava várias línguas, entre elas, o latim. Todavia, sua maior virtude era a disposição de ajudar aos mais necessitados e a sua enorme devoção aos desígnios divinos, o que lhe causou desde muito pequena, sérias manifestações de desaprovação, oriundas principalmente de seus familiares.

(*)“... – Vistes, condessa?!... – exclama horrorizada Constança de Hohenstaufen, – Ela deu ao traste bichado uma pequena fortuna em ouro!... – e a cuspir fogo, brada: – Isabel, tu achas que o ouro vem das árvores, para andares a atirá-lo aos cães da rua, é?... Por Deus, onde é que andastes a rastelar isso?!...”

“– Esse ouro, mai, deu-me o meu saudoso payer!... – e, a encarar a mãe aos olhos, prossegue: – Para que nos serve o ouro, senão para apagar a miséria dos nossos irmãos menos favorecidos?...”

Isabel, com a sua indiscutível beleza e inteligência casa-se aos doze anos, atendendo a acordos territoriais impostos à época com o rei de Portugal, D. Diniz de Borgonha, tornando-se assim a rainha consorte de Portugal. A princípio é nessa terra estranha, que começa a missão de Isabel.

Dotada ainda de uma mediunidade extraordinária, ela mostra-se uma fiel e séria servidora do Cristo em todas as áreas a que foi chamada.

A brilhante obra narra com riqueza de detalhes também a difícil convivência dentro dos palácios, devido as constantes brigas pelo poder, acirradas pela inveja, cobiça, orgulho e por outros defeitos que, ainda hoje, permeiam a humanidade. Com uma vontade firme, Isabel mostra-se capaz de impedir guerras, entre elas, a do seu próprio filho Afonso, contra o pai D. Diniz – rei de Portugal, tornando-se célebre a passagem, onde ela entra no meio da batalha montada em uma mulinha.

Isabel de Aragão não foi apenas uma pessoa dotada de uma bondade extrema; é, ainda hoje, um lume a clarear caminhos, a varrer dos corações a desesperança, a acomodação e a irresponsabilidade de alguns que trazem o poder investido do ouro aqui na terra.

(*)“– Eu sei... – retruca a menina, com a voz firme. – Deus deu-me um trono para que eu o pudesse melhor servir... – e fixando os olhinhos azuis-claros e brilhantes no rosto do avô, prossegue: – O Altíssimo pôs-me uma coroa à cabeça para eu fazer a caridade...”

Isabel de Aragão - a rainha médium - é mais uma obra mediúnica editada pela Casa Editora O Clarim, escrita por Valter Turini, ditada pelo espírito Monsenhor Eusébio Sintra. Uma obra que leva a você amigo leitor a se emocionar conhecendo a beleza de uma vida dedicada a servir ao próximo.





(*) Isabel de Aragão, a rainha médium – Valter Turini, pelo espírito Monsenhor Eusébio Sintra.

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