terça-feira, 30 de março de 2010

SÉRIE OPINIÃO

Espiritismo e Vida


O Espiritismo, meus irmãos, é a luz que verte do Alto na grande noite da Humanidade, para nos apontar o caminho na escuridão.

O Espiritismo, é Jesus de volta, que nos vem convidar a reflexões muito profundas a respeito do que somos - Espíritos imortais - de como estamos - corpos transitórios - e para onde vamos - na direção da pátria, conscientizando-nos que a lei que deve viger em todas as nossas atitudes é a lei de amor. Este amor, porém, que é lei natural e está em todo o Universo, porque é a lei do equilíbrio.

Quando, realmente, nos deixarmos penetrar pela proposta de Jesus, quando legitimamente nos permitirmos mimetizar pelo Seu dúlcido olhar, feito de misericórdia e de compaixão, uma nova conduta se estabelecerá em nossas vidas, e aprenderemos, por fim, a seguir com equilíbrio pela estrada libertadora.

O Espiritismo, anunciado pelo Mestre, chega na hora predita para atender o rebanho aturdido que, tresmalhado, aguarda o cajado do Bom Pastor.

Ele veio, meus filhos, e convocou-nos a uma nova ordem de pensamento e de conduta. A Sua voz, de quebrada em quebrada, chegou até estes dias, para que tivéssemos um roteiro de segurança, para não mais incidirmos ou reincidirmos nos delitos a que nos vinculamos.

Da primeira vez, iludidos, fascinados, atormentados, deformamos-lhe os ensinamentos, adaptando-os aos nossos interesses escusos. Mas Ele não cessou de nos enviar embaixadores encarregados de recordar-nos Seu amor inefável até quando Allan Kardec nos trouxe desvelado, o Evangelho para vestir nossa alma com a luz mirífica das estrelas.

Tenhamos cuidado com a prática espírita!

O Consolador não se deterá, mesmo que os homens coloquem pelos caminhos impedimentos à sua marcha, dificuldades ao processo evolutivo, porque Cristo vela!

O Espiritismo, meus filhos, é doutrina dos Espíritos para os homens. Espíritos, por sua vez reencarnados, comprometidos com a instalação na Terra do reino do amor, da justiça e da caridade.

Tende tento!

Meditai profundamente na palavra de ordem e de razão que deflui do Evangelho vivo e, se por certo, estais sendo chamados para o rebanho, esforçai-vos para atender ao convite, e lutai até o sacrifício para serdes escolhidos.

Recebeis farta messe de luz; distribuí-a pelo mundo estróina.

Sois aquinhoados com o conhecimento libertador; passai-o adiante através da voz eloqüente dos vossos atos e pela palavra austera dos vossos sentimentos.

Jesus espera! Como nós confiamos nEle e Lhe pedimos apoio, Ele confia em nós, e nos pede fidelidade.

Os Espíritos amigos, vossos anjos guardiães e companheiros de jornada, aqui estamos para sustentar-vos nos testemunhos, para dar-vos força, para que possais vencer com idealismo, de maneira estóica.

Não adieis o momento de ajudar, não procrastineis a hora de servir e, integrados na falange do bem, cantai, cantai ao Senhor, mesmo que lágrimas escorram pelos vossos olhos e dores macerem vossos corações.

Cantai um hino de júbilo e de liberdade, demonstrando que na cruz os braços estão abertos para afagar, dando testemunho que pode aquilatar o valor de quem ama.

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, e que a paz prossiga convosco, suavizando vossas lutas e dores!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra de Menezes

Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao término da
conferência pública no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro,
na noite de 24 de agosto de 2000

domingo, 28 de março de 2010

SÉRIE PRA PENSAR...

Pensando sobre a Condição Mediúnica



" Digamos , antes de tudo , que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica , de que qualquer homem pode ser dotado , como de ver , de ouvir , de falar . Ora , nenhuma há de que o homem , por efeito de seu livre arbítrio , não possa abusar , e se Deus não houvesse concedido , por exemplo , a palavra senão aos incapazers de proferirem coisas más , maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las , mas não deixa de punir o que delas abusa. Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos , quem ousaria prtende-la? Onde , ao demais , o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção , a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas , a todas as classes , ao pobre como ao rico ; aos retos para os fortificar no bem , aos viciosos para os corrigir . Não são esses últimos os doentes que necessitam de médico? (...) A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos Superiores . É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou nenos dúctil aos Espíritos , em geral . O bom médium , pois , não é aquele que comunica facilmente , mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistencia. Unicamente neste sentido é que a excelencia das qualidades morais se torna onipotente sobre a a mediunidade " (O Evangelho Segundo o Espiritismo , Allan Kardec , Cap XXIV - A candeia debaixo do Alqueire : Não são os que gozam saúde que precisam de médico.)


Mais Claro? Acho que não precisa , né?

quinta-feira, 25 de março de 2010

SÉRIE PARA PENSAR



"No espaço aparentemente vazio há um nexo, uma vida eterna, que une tudo quanto existe no Universo - tanto animado quanto inanimado - uma onda de vida que flui através de tudo o que existe."
Paramahansa Yogananda em Onde Existe Luz.

terça-feira, 16 de março de 2010

SÉRIE ENTREVISTA


Tinha medo e dormia com a luz acesa", diz Ângelo Antônio



Ângelo Antônio fala sobre seu novo trabalho no cinema
Foto: Thyago Andrade e Tony Andrade/AgNews

No ar como o Davi de Cama de Gato, Ângelo Antônio vive mais uma vez o desafio de interpretar um personagem bonzinho sem cair na chatice. No cinema, depois do sucesso de 2 Filhos de Francisco (2005), ele se prepara para e estreia do aguardado Chico Xavier - O Filme, onde é ninguém menos do que o famoso médium quando jovem.

Você faz mais um personagem bonzinho. Os atores falam que é bom viver o vilão. É difícil fazer o bom sem ser chato?

Eu acho. Lembra do Dorgival, de Duas Caras? Era bom de fazer, apesar de achar um absurdo algumas coisas que ele falava. Era divertido, o vilão dá essa possibilidade. Mas hoje em dia tem tanta maldade na vida que é bom passar coisas boas.

Como está sua expectativa para a estreia, em abril, de Chico Xavier - O Filme, em que você vive o médium?

Quanto mais perto chega, maior ela fica. Precisamos de histórias boas, de uma pessoa com ética bacana, espiritualidade, humanidade, generosidade. É importante reviver esse ser humano exemplar.

Você tem religião ou fé?
Tive formação católica, mas hoje me interesso pelas religiões em geral: budismo, hinduísmo, zen. Não conheço todas, mas me interesso. E o espiritismo, por causa do Chico. Pude conhecer um pouco de sua ética e vida cotidiana.

Como você se preparou para viver o Chico? Todo mundo fala da semelhança do Nelson Xavier com ele... (Nelson vive o médium mais velho)

A semelhança deles é impressionante. Faço o Chico que ninguém conhece, essa é a dificuldade. O Chico de peruca, óculos escuros, é a imagem que a gente tem dele. Basicamente, pesquisei no livro do Marcel (Souto Maior, autor As vidas de Chico Xavier, livro em que o filme se baseia) e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Também fui para a terra dele, onde ele nasceu, conhecer as pessoas que conviveram com ele.

Você também se aproximou do filho adotivo de Chico Xavier, o Eurípedes...
Sim, e tudo isso me ajudou na preparação. Ganhei muito por ensaiar com o sapato do Chico, vestir a camisa dele, que uso até hoje, e passar seu perfume. Entrei no quarto dele e fiquei sentindo aquele lugarzinho. Perguntei do perfume ao filho dele e ele me deu um pouco. Coloquei em vidros menores e dei para o Nelson e para o Mateus (Costa), que vive o Chico pequenininho.

O que essa proximidade da história do Chico lhe trouxe?
Eu tinha uma tia que era espírita e, quando eu era criança, ela me levava para o centro e aquilo me arrepiava, me levava para um imaginário. O difícil e interessante foi que, no começo, voltou tudo. No início desse processo de ir ao centro espírita para o filme, eu tinha um pouco de medo, dormia com a luz acesa. Nossa... vai mexer com isso, vai para o centro! (risos)

Aconteceram coisas que pareciam sobrenaturais?

Algumas. Tive um sonho que depois, de certa forma, aconteceu. Sonhei que estava com o Nelson Xavier numa mesa, com duas pessoas de branco, e estava desenrolando um turbante da cabeça. Depois, um amigo me levou para um encontro do Daime com a umbanda. Quando cheguei lá, vi praticamente a mesma cena do sonho. E tinha um cara com esse turbante.

Você tomou o Daime (bebida utilizada em rituais sagrados)? Como foi?
Tomei. Era Daime com umbanda, teve muita incorporação do meu lado. Eu só sei que a minha perna uma hora começou a vibrar igual a de outras pessoas, fiquei com receio e larguei.

E foi a primeira vez?

Não, já tinha tomado outra vez, foi uma viagem fantástica... Estava tentando entender como era a psicografia do Chico com a minha mãe, fazendo um exercício. Porque existem três tipos de psicografia: uma em que você é possuído e não sabe o que está acontecendo, outra em que você sabe o que está acontecendo e sua mão é levada,e a outra que é fluxo da consciência, você sabe o que está acontecendo e sai escrevendo. Eu escrevi uns poeminhas, tenho tudo guardado. Minha mãe falou: 'Vê alguma coisa para mim aí, que tenho problema de intestino'. Chegou uma terceira pessoa, quis ver o que a gente fazia e começou a ler. Até que ela achou um trecho que dizia: "Flor de mamão antes do sol nascer e antes do sol se pôr". E ela falou: "Poxa, isso a gente dava para criança quando tinha dor de barriga". Então, acho que essas sincronias são sinais de que existem mais coisas entre o Céu e a Terra do que a gente imagina.

Como você vê o Chico agora?

Qualquer adjetivo é pouco para resumir o trabalho social que ele fez, todo mundo que alimentou materialmente e espiritualmente, os livros que escreveu sem ganhar um tostão... É impressionante.

O que acontece na fase da vida dele que você interpreta?

É a fase da descoberta da espiritualidade. Ele não sabia o que acontecia, começava a achar, como os outros, que era louco. Ele tem a doença nos olhos, conhece um casal que fala sobre espiritismo para ele pela primeira vez, escreve o primeiro livro.

Bezerra de Menezes, outra história envolvendo espiritismo, foi sucesso de bilheteria. De onde você acha que vem o interesse por esses assuntos?

É um impulso, como comer, sexo... essa abertura que a gente tem para o desconhecido.

Esse caminho de espiritualidade do qual você fala parece bem diferente de um lado que envolve ser ator, famoso, que é o lado do glamour, do ego...
O teatro me levou a tentar entender a alma humana, recuperar a espiritualidade que tinha de criança, fazer uma releitura. O zen fala sobre tentar entender o cotidiano, lidar com as emoções. Isso está ligado e foi deturpado pelo nosso ego, às vezes a gente se perde nesse lado da aparência, mas é um erro. O ator de verdade busca maturidade e conhecimento da alma humana. Se você quer ter sucesso não precisa ser ator, pode entrar para o Big Brother e ficar famoso da noite para o dia.

Mas você se deixa levar?

Olha, até o Chico tinha vaidade, ele usava peruca. Mas falava: "Não sou Chico, sou cisco". A gente é só um pedacinho. Tem que ficar atento para não cair na vaidade.



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