sábado, 18 de abril de 2009

SOBRE A CURA

A Cura , por MIRAMEZ


São várias as maneiras pelas quais se processa a cura dos enfermos. Nos casos operados por Jesus e os apóstolos, foram curas instantâneas, nas quais, como por encanto, as enfermidades desapareciam rapidamente. Para essa operação, é preciso grande saber espiritual, conhecer os fundamentos da vida do enfermo e, por vezes, modificar algo em sua mente, afim de que ele mude o modo de pensar e de agir. A enfermidade é a fermentação de muitas existências vividas desregradamente; é a resposta, a conseqüência. Por isso, a dor, em certas circunstancias, é a própria cura. Os duros padecimentos são indícios de elevação de alma, porque ela já começou a pagar os débitos passados, pelo guante da enfermidade.
O enfermo, ao ser curado, abre-se como a flor ligada ao caule e os seus centros de força ativam toda a sua sensibilidade, de maneira a facilitar a absorção dos fluidos doados pelo operador. Em muitos casos, Jesus já dizia “A tua fé te curou”. Isso porque determinados enfermos fazem o trabalho quase por si próprios. Assim a fé é de muita importância em toda a nossa vida .Quando existe fé, na cura a distancia, de cuja operação curativa o enfermo não participa, e por vezes, ignora por se encontrar inconsciente, o operador se desdobra, de modo impressionante em todas as direções do saber, para encontrar a equação desejada, ou seja, a cura. Examina pela clarividência, o tipo de doença, suas causas e busca no grande manancial divino elementos para substituir os que já estão cansados e gastos . Observa e ativa os pontos energéticos do corpo e da alma, faz transfusão imediata de força vital, serena a mente adoentada e acomoda nos seus mais sensíveis departamentos, idéias favoráveis à cura. Pensamentos positivos, alegria de viver e uma grande paz caem na sua consciência profunda. Aí o doente favorece o trabalho, como se fosse submeter-se a uma operação e como se relaxasse na mesa de cirurgia, pelas bênçãos da anestesia completa. Mas, tudo isso ocorre em minutos, dependendo da elevação do Espírito encarregado da cura e, em muitos casos, do tipo de enfermo. A variação é infinita. Entra em ação, como já falamos, a lei do carma.
Há forças desconhecidas que se interpõem às curas imediatas. Não é muito repetir que o Evangelho não pode deixar de nos acompanhar em todo esse trabalho. Ele é a força de Deus que faz a cura se eternizar, pois traduz os princípios das leis. Todos os desequilíbrios orgânicos e psíquicos são a não observância dos preceitos divinos. No entanto, ainda existem muitas coisas no campo da cura que os homens não estão preparados para conhecer. O tempo, na dinâmica do progresso, vai revelar essas coisas gradativamente, a todas as criaturas, na Terra e fora dela.
Existem muitos métodos de curar, desde a mastigação de ervas entre os índios às mais sofisticadas invenções no reino de Hipócrates, desde os xaropes de longa vida na área iniciática, à medicina homeopática, fundada por Samuel Hahnemann, nas concentradas gotas de energismo curativo, desde as benzeções dos camponeses com ramos específicos, à flora medicinal, desde as massagens dos antigos egípcios às famosas agulhadas orientais, desde os sopros dos Pais Iogues, aos passes nos templos espíritas. Enfim, há um sem número de modalidades de curas, por todos os ângulos que podemos imaginar E hoje, há muitas pessoas se curando pela alimentação; no entanto, todas as curas mencionadas e as de que não precisamos falar carecem da força do (nosso) pensamento, cuja energia é transmutada naquilo que dispusemos a transformar, pela luz do coração.
Pedimos licença a todos os curadores, encarnados ou desencarnados, para dizer que toda cura divina nasce da energia sublimada que vem de Deus, passando pelas mãos santas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como está comprovada, as mãos que tocam os enfermos de qualquer natureza e que curam instantaneamente, por trás delas estão as do Mestre dos mestres. Somente Ele sabe transformar a luz de Deus, para restabelecer a harmonia orgânica dos homens.

(*) Este material foi retirado do livro Francisco de Assis psicografado por João Nunes Maia e ditado pelo espírito Miramez, Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

Um comentário:

Marco disse...

Este é um tema bastante recorrente nas minhas reflexões e este texto do Miramez retrata a semelhança do meu pensamento acerca do tema , Afinal , somos apenas instrumentos , mas precisamos sempre dar o nosso melhor...